13/Sep/2023
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou agosto com alta de 0,23%, ante uma elevação de 0,12% em julho. A taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 3,23%. O resultado acumulado em 12 meses foi de 4,61% até agosto, ante taxa de 3,99% até julho. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve elevação de 0,20% em agosto, após uma queda de 0,09% em julho. Como resultado, o índice acumulou uma elevação de 2,80% no ano. A taxa em 12 meses foi de 4,06%. Em agosto de 2022, o INPC tinha sido de -0,31%. O INPC mede a variação dos preços para as famílias com renda de um a cinco salários-mínimos e chefiadas por assalariados. O grupo Alimentação e bebidas saiu de um recuo de 0,46% em julho para uma redução de 0,85% em agosto. O grupo contribuiu com -0,185 para a taxa de 0,23% do IPCA de agosto. A alimentação no domicílio caiu 1,26% em agosto.
As famílias pagaram menos pela batata-inglesa (-12,92%), feijão-carioca (-8,27%), tomate (-7,91%), leite longa vida (-3,35%), frango em pedaços (-2,57%) e carnes (-1,90%). Na direção oposta, ficaram mais caros o arroz (1,14%) e as frutas (0,49%), com destaque para o limão (51,11%) e banana-d'água (4,90%). A alimentação fora do domicílio subiu 0,22% em agosto. O lanche fora de casa aumentou 0,30%, enquanto a refeição ficou 0,18% mais cara. Os gastos com Transportes passaram de um aumento de 1,50% em julho para uma elevação de 0,34% em agosto. O grupo contribuiu com 0,07% para a taxa de 0,23% registrada pelo IPCA de agosto. O automóvel novo aumentou 1,71%. Os combustíveis subiram 0,87%, com destaque para a gasolina, que teve uma alta de 1,24%. O óleo diesel subiu 8,54%, enquanto recuaram os preços do etanol (-4,26%) e do gás veicular (-0,72%). As passagens aéreas tiveram uma redução de 11,69% em agosto. O táxi aumentou 0,43%. O ônibus urbano caiu 1,06%.
As famílias brasileiras gastaram 1,11% a mais com habitação em agosto, uma contribuição de 0,17% para a taxa de 0,23% registrada pelo IPCA no mês. A alta no grupo foi puxada pelo aumento de 4,59% na energia elétrica, uma contribuição de 0,18%, influenciada pelo fim da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas do mês anterior. Ainda em Habitação, a taxa de água e esgoto subiu 0,19%. O gás encanado caiu 0,68%. Três dos nove grupos que integram o IPCA registraram quedas de preços em agosto. As deflações ocorreram em Alimentação e bebidas (-0,85%, impacto de -0,18%), Artigos de residência (-0,04%, impacto de 0,00%) e Comunicação (-0,09%, impacto de -0,01%). As famílias gastaram mais com Transportes (0,34%, impacto de 0,07%), Saúde e cuidados pessoais (0,58%, impacto de 0,08%), Despesas pessoais (0,38%, impacto de 0,04%), Educação (0,69%, impacto de 0,04%), Habitação (1,11%, impacto de 0,17%) e Vestuário (0,54%, impacto de 0,02%).
No grupo Educação, os cursos regulares subiram 0,72%, apesar da queda de 0,78% nos cursos de pós-graduação. Os maiores reajustes ocorreram nos cursos técnicos (2,14%), creches (1,86%) e ensino superior (1,12%). Duas das dezesseis regiões investigadas registraram deflação em agosto. A alta de 0,23% registrada IPCA em agosto voltou a acelerar a taxa acumulada em 12 meses, que subiu pelo segundo mês consecutivo. A inflação em 12 meses sobe com a substituição de deflações de julho e agosto de 2022. No mês de agosto de 2022, o IPCA tinha sido de -0,36%, após já ter recuado 0,68% em julho, devido ao corte de tributos sobre gasolina e energia elétrica. Como consequência, a taxa em 12 meses passou de 3,16% em junho de 2023 para 3,99% em julho, subindo agora a 4,61% em agosto de 2023. O resultado foi o mais elevado desde março de 2023, quando estava em 4,65%. A meta de inflação para este ano perseguida pelo Banco Central é de 3,25%, que tem teto de tolerância de 4,75%.
As quedas nos preços dos alimentos já contribuem por três meses consecutivos para conter a inflação no País. O grupo Alimentação e bebidas acumula uma queda de 1,96% nos últimos três meses de recuos. A redução na alimentação para consumo no domicílio no mesmo período foi de 3,02%. De maneira geral, essa queda nos preços alimentícios tem sido influenciada por uma maior oferta desses produtos no mercado. Fatores climáticos acabam contribuindo também para uma questão de aumentar a produção, aumentar a quantidade disponível no mercado. As carnes ficaram 1,90% mais baratas em agosto. No ano, os preços já caíram 9,65%. As carnes estão com disponibilidade interna mais alta, então o aumento na quantidade de carne produzida no Brasil é um dos fatores que tem contribuído para essa queda nos últimos meses. A deflação das carnes tem sido influenciada por uma maior disponibilidade no mercado interno. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.