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14/Sep/2023

Dólar em queda após dados da economia dos EUA

O dólar fechou esta quarta-feira (13/09) em baixa ante o Real, com investidores reagindo a dados de inflação nos Estados Unidos, que vieram dentro do esperado e reduziram as apostas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) poderá promover novas altas de juros no curto prazo. O dólar fechou a R$ 4,91, com baixa de 0,75%. No início da sessão, as atenções estavam voltadas para a divulgação dos novos dados de inflação dos Estados Unidos, que poderiam fornecer pistas sobre o futuro da política monetária no país. Após a divulgação dos números, o dólar bateu a cotação máxima do dia no Brasil, de R$ 4,96 (+0,29%), numa primeira reação dos investidores aos dados.

Mas, depois a moeda norte-americana migrou para o negativo e passou a renovar mínimas, em meio à percepção de que os números não sugeriam juros mais altos nos Estados Unidos. O índice de preços ao consumidor (CPI) aumentou 0,6% em agosto, no maior ganho desde junho de 2022, informou o Departamento do Trabalho, depois de duas altas mensais consecutivas de 0,2%. Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, os preços ao consumidor aumentaram 0,3%. Segundo a Manchester Investimentos, houve a definição da queda do dólar e dos juros futuros no Brasil depois do CPI, que veio em linha com o esperado.

O índice não reforçou a tese, que o mercado estava começando a comprar, de novas altas de juros nos Estados Unidos. Em sintonia com o exterior, onde o dólar também cedia ante várias divisas de países emergentes ou exportadores de commodities, a moeda norte-americana marcou a mínima de R$ 4,89 (-1,20%). Neste ponto, houve certa resistência técnica e o dólar retornou para acima dos R$ 4,90. Por trás da queda do dólar está a visão de que, caso o Federal Reserve não suba mais os juros no curto prazo, o diferencial de taxas seguirá favorável ao Brasil, onde o Banco Central já entrou em processo de redução da taxa básica Selic, mas sinaliza a intenção de manter o ritmo de 0,50% de cortes, e não de 0,75%.

Na prática, o País seguiria atrativo para os investidores internacionais. Com a ausência de notícias de maior peso no Brasil, o câmbio foi conduzido pelo exterior. O dólar tinha sinais mistos ante as demais divisas. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,15%, a 104,750. O Banco Central vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de novembro. O Banco Central informou que o Brasil registrou fluxo cambial total negativo de US$ 1,739 bilhão em setembro, até o dia 8. Pelo canal financeiro, houve saídas líquidas de US$ 2,713 bilhões, enquanto o saldo pelo canal comercial foi positivo em US$ 973 milhões. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.