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15/Sep/2023

Dólar sofre baixa pela segunda sessão consecutiva

O dólar emplacou o segundo dia consecutivo de queda firme ante o Real nesta quinta-feira (14/09), na esteira da alta das commodities no mercado internacional e na contramão do exterior, onde a moeda norte-americana avançava ante outras divisas, após a divulgação de dados econômicos positivos nos Estados Unidos. O dólar fechou a R$ 4,87, com baixa de 0,90%. Na quarta-feira (13/09), a moeda já havia recuado 0,75%. O dólar cedeu durante praticamente toda sessão ante o Real, apesar do exterior. O Departamento do Comércio dos Estados Unidos informou que as vendas no varejo aumentaram 0,6% em agosto, levemente acima do 0,5% de julho.

O Departamento do Trabalho informou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram para 220.000 na semana encerrada em 9 de setembro, em dados ajustados sazonalmente, ante 217.000 na semana anterior. Apesar da alta, economistas previam 225.000 pedidos para a última semana. Os números do varejo e do mercado de trabalho norte-americano, considerados bons, deram força à leitura de que a inflação nos Estados Unidos ainda não está controlada e o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) poderá ser levado a subir mais sua taxa de juros no futuro, ou a mantê-la em níveis elevados por mais tempo.

Esta leitura deu força ao dólar ante divisas fortes e ante boa parte das moedas de países emergentes. No Brasil, no entanto, o efeito foi diluído. Segundo a Wagner Investimentos, o avanço das commodities, entre elas o petróleo, determinou mais um dia de queda do dólar ante o Real. Esse movimento do Real está mais ligado a commodities, que estão melhorando. Isso está cortando um pouco o efeito dos dados norte-americanos. O petróleo, a soja e a celulose são produtos da pauta de exportação do Brasil que já estão em tendência de alta de preços. O minério ainda não está, mas já está revertendo. Isso ajuda o Real.

A Trace Finance observou que entre o fim da manhã e o início da tarde desta quinta-feira (14/09) também houve um movimento técnico no mercado futuro, com estrangeiros comprados (posicionados no sentido da alta do dólar) reduzindo posições, assim como ocorreu na véspera. Houve uma força de venda (de dólares no mercado futuro) muito forte. É um pouco de realização de lucros porque foi o estrangeiro operando. O fato de o Brasil se manter com juros elevados em relação ao exterior, apesar de o Banco Central ter iniciado o processo de cortes da taxa básica Selic, também mantém o país atrativo a investimentos. Atualmente, a Selic está em 13,25% ao ano. Na cotação máxima da sessão, o dólar atingiu R$ 4,92 (+0,08%). Na mínima, a moeda marcou R$ 4,86 (-1,10%).

Houve certa recuperação, mas ainda assim o dólar encerrou em baixa ante o Real, na contramão do exterior. Apesar do recuo recente do dólar ante o Real, a recomendação é de compra para um dólar perto dos R$ 4,87, em função do movimento recente do índice do dólar, que está revertendo uma tendência de longo prazo de baixa para alta. Com o índice acelerado, o dólar pode voltar a encontrar suporte para subir ante o Real. Nesta quinta-feira (14/09), a moeda norte-americana se manteve no positivo ante as divisas fortes. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,55%, a 105,320. O Banco Central vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de novembro. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.