19/Sep/2023
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou o foco da agenda verde durante a viagem à Nova York, nos Estados Unidos. Segundo ele, a expectativa para os encontros é boa e a energia limpa é o caminho para o Brasil ampliar a atração de capital estrangeiro. Haddad integra a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e participa da semana do clima na cidade, um dos maiores eventos do mundo com foco no tema, onde seu objetivo é justamente vender o plano verde do País. Para o ministro, a transformação ecológica é a grande oportunidade que o Brasil tem de se reindustrializar. A energia limpa é a grande vantagem competitiva que o Brasil tem. Guardadas as diferenças, o ministro disse que o objetivo do Brasil é fazer um programa na direção do implementado nos Estados Unidos por meio do inflation reduction act (IRA) e que visa a canalizar bilhões de dólares para iniciativas sustentáveis no governo do presidente norte-americano, Joe Biden. O Brasil não tem condições de fazer um grande programa de subsídios como a IRA, mas tem condições de aproveitar suas vantagens para oferecer oportunidades de negócios no Brasil.
O grande destaque da agenda em Nova York será a reunião bilateral de Lula com Biden. Uma reunião bilateral com Biden está prevista para acontecer nesta quarta-feira (20/09). Na sequência, os presidentes brasileiro e norte-americano lançam a “Iniciativa Global Lula-Biden para o Avanço dos Direitos Trabalhistas na Economia do Século XXI”. O ministro da Fazenda tem defendido muito o plano de transição ecológica, pois vê uma oportunidade de alavanca para o desenvolvimento real para o País. Ele citou investimentos da Petrobras em energia limpa, por saber que o petróleo "está com dias contados". Pode durar 20, 30 anos, mas não é mais problema de quanto as reservas vão durar, é o problema de quanto vai ser possível utilizar de petróleo, porque, na verdade, é preciso sair dessa matriz. Para Fernando Haddad, irá preponderar no governo uma visão cautelosa sobre a exploração de petróleo na margem equatorial. O tema colocou em lados opostos as equipes de energia e meio ambiente, após o Ibama negar licença para a Petrobras perfurar um bloco na bacia da Foz do Amazonas.
É provável que vá preponderar uma visão cautelosa de que tem que explorar. Haddad reforçou a importância ecológica da região. É um santuário de biodiversidade que precisa ser cuidado. Ele lembrou que a quilômetros da Foz do Amazonas, a Guiana está explorando na plataforma da Margem Equatorial. Para o ministro, o Brasil pode precisar do petróleo da Margem Equatorial, com as cautelas que o Meio Ambiente deve impor. O ministro reforçou que é necessário colocar um freio no consumo de petróleo, mas não por falta do insumo. O Brasil precisa ter petróleo até o momento que ele não seja mais necessário. A Petrobras está disposta a considerar essas ressalvas ambientais. O ministro fez um aceno ao presidente da estatal, Jean Paul Prates, ao citar investimentos em energia renováveis, como em eólicas. Ele tem uma visão, ele sabe que o mundo vai mudar e que é irreversível. E, sabe também que, com cautelas devidas, pois o meio ambiente tem todo direito e dever até de impor as cautelas devidas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.