26/Sep/2023
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva concluiu na última semana uma sequência de viagens ao exterior que, segundo auxiliares, consolidou a estratégia de reinserção internacional do Brasil após os anos de isolamento sob Jair Bolsonaro. Em pouco menos de um mês, Lula esteve em Joanesburgo, na África do Sul, para a cúpula que selou a expansão do Brics (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul); foi à Nova Déli, na Índia, para o encontro de líderes do G20, fórum das maiores economias do mundo que reúne numa mesma mesa nações ricas e emergentes; fez rápida passagem por Havana (Cuba) para o G77 + China (coalizão de países em desenvolvimento) e, por fim, realizou o discurso inaugural da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.
Embora intensa e desgastante para Lula, a agenda internacional dos últimos 30 dias foi considerada indispensável por representar algumas das principais credenciais que o Brasil almeja projetar na sua política externa: a de um porta-voz do chamado Sul Global que batalha para reformar instituições internacionais de coordenação política e financeira, como a ONU e o FMI (Fundo Monetário Internacional); e, ao mesmo tempo, a de um ator capaz de dialogar com rivais como Estados Unidos e China sem precisar tomar partido de um dos lados. Nesse sentido, integrantes do governo brasileiro disseram que Lula teve êxito por conseguir se colocar como um interlocutor importante num mundo cada vez mais multipolar. Fonte: Folha de São Paulo. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.