27/Sep/2023
O dólar fechou esta terça-feira (26/09) em alta ante o Real, em sintonia com o exterior, onde a moeda norte-americana também subia, na esteira do avanço dos rendimentos dos Treasuries em meio à percepção de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) manterá a taxa de juros mais elevada por mais tempo. O dólar fechou a R$ 4,98, em alta de 0,46%. Os rendimentos dos Treasuries voltaram a subir, ainda em meio ao processo de ajustes de posições de investidores à perspectiva de que a política monetária nos Estados Unidos seguirá restritiva.
A perspectiva de juros mais altos nos Estados Unidos impulsionava o dólar ante divisas fortes e ante moedas de países emergentes ou exportadores de commodities, incluindo o Real. Segundo a Manchester Investimentos, o que influenciou nesta terça-feira (26/09) o mercado brasileiro foi o exterior, a questão de o Fed aumentar mais os juros. A China também está entrando novamente nesta zona de atenção, o que acaba prejudicando as moedas commodities como o Real. No Brasil, a ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central trouxe certo viés de queda para o dólar, por ter passado indicações de que a autoridade monetária não terá espaço para acelerar o ritmo de cortes da taxa básica Selic, hoje em 12,75% ao ano.
No entanto, o fator externo prevaleceu e conduziu as cotações para o território positivo. Na cotação mínima, o dólar marcou R$ 4,95 (-0,29%). Depois, com a influência externa preponderando, o dólar marcou a máxima de R$ 4,99 (+0,56%). Após se aproximar dos R$ 5,00, o dólar perdeu um pouco de força e fechou um pouco abaixo desta cotação. No exterior, o dólar seguia em alta. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,21%, a 106,170. O Banco Central vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de novembro. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.