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29/Sep/2023

Brasil poderá se beneficiar de mudanças na China

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, detalhou a menção da autoridade monetária ao cenário internacional, sobretudo em relação à situação na China e dos Estados Unidos, no parágrafo de abertura da última ata do Comitê de Política Monetária (Copom). A China passa por um momento de transição de um modelo de crescimento antes concentrado em construção e infraestrutura para algo mais relacionado ao consumo interno e à tecnologia. Isso tenderia, de acordo com as próprias autoridades da China, a uma redução no ritmo de crescimento, mas eles entendem que é um processo de transição", explicou, acrescentando que os comandantes da política monetária chinesa estão em um dilema entre a estabilidade financeira e o ciclo econômico.

Esse quadro da economia chinesa pode ser aproveitado pelo Brasil, sobretudo em relação à comercialização de algumas commodities. A China, ao ter um padrão voltado para consumo doméstico, há uma demanda por alimentos no país, isso afeta diretamente o Brasil, que é um exportador de alimentos. Outro ponto da economia chinesa que afeta a economia brasileira é a exportação de minério de ferro. Apesar da desaceleração da China, até algumas semanas atrás, o preço do minério de ferro não estava caindo, mas agora, mais recentemente, há quedas nesses preços, o que tem refletido no câmbio de países exportadores.

Sobre os Estados Unidos, houve recentemente uma abertura significativa nas taxas mais longas de juro, no período de 10 a 30 anos. Entre as explicações para essa abertura, Galípolo citou a necessidade de financiamento da dívida dos Estados Unidos e a dinâmica da emissão de títulos da dívida norte-americana. Os Estados Unidos estão com uma taxa de juro relativamente alta, e hoje há necessidade mais ou menos de US$ 200 bilhões de dólares de financiamento por mês por parte do país. Isso demanda uma colocação de títulos com volume elevado. Essa oferta grande de títulos provoca uma desvalorização, que se reflete numa elevação de taxas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.