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05/Oct/2023

Banco Mundial revisa projeção para o PIB do Brasil

O Banco Mundial voltou a melhorar a projeção para o crescimento do Brasil em 2023. Desta vez, o organismo mais do que dobrou a estimativa, que passou para uma alta de 2,6% neste ano, de 1,2% anteriormente. No ano passado, o Brasil teve expansão de 2,9%. Para2024, porém, o Banco Mundial está mais cético e espera que a economia brasileira desacelere ainda mais, crescendo 1,3%, e não mais 1,4%, conforme a sua projeção de junho último. Alguns países da América Latina e Caribe devem ter um melhor desempenho econômico neste ano a despeito da deterioração projetada para a economia mundial em 2023, o que tende a afetar a região. O Brasil é um deles, e deve crescer em ritmo superior ao estimado para a própria América Latina, cuja projeção de crescimento em 2023 é de 2%.

O Banco Mundial também vê o Brasil voltando a acelerar a partir de 2025, com o PIB nacional crescendo 2,2%. Quanto à inflação, é destaque a melhora do custo de vida em alguns países da América Latina após a proatividade dos bancos centrais locais ao anteciparem o aumento das taxas de juros. O melhor exemplo dessa resposta rápida e precoce da política monetária possivelmente foi o Brasil. Os juros no País passaram de 2% em fevereiro de 2021 para 13,75% em agosto de 2022. Essa resposta antecedeu em um ano o aperto do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e só foi possível devido à competência e independência do Banco Central brasileiro. Como de costume, isso não ocorreu sem resistência do Poder Executivo.

O Banco Mundial alerta para um grande nível de endividamento das pessoas físicas no País, a despeito de reconhecer tendências fortes na confiança do consumidor brasileiro. O tema preocupa, mas o governo brasileiro está lidando com isso de forma construtiva. A principal ação é o programa Desenrola, que já renegociou cerca de R$ 16 bilhões em dívidas, conforme a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O Brasil está agindo muito cedo, o que tem sido positivo. Mas, todos os países que aumentaram acentuadamente as suas taxas de juro no combate à inflação acabaram tendo de lidar com uma parcela de consumidores que tiveram muita dificuldade para honrar as suas dívidas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.