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06/Oct/2023

Dólar avança na contramão do movimento externo

O dólar voltou a subir ante o Real nesta quinta-feira (05/10), na contramão do recuo externo, com investidores adotando certa cautela antes da divulgação de dados do mercado de trabalho norte-americano nesta sexta-feira (06/10) e ainda precificando juros mais altos nos Estados Unidos. O dólar fechou a R$ 5,16, em alta de 0,31%. Esta é a maior cotação de fechamento desde 27 de março deste ano, quando a moeda atingiu R$ 5,20. No início da sessão, o dólar chegou a oscilar no terreno negativo, mas como ainda prevalecia uma visão mais pessimista sobre o futuro da política monetária nos Estados Unidos essa oscilação foi momentânea.

Os rendimentos dos Treasuries subiam na primeira metade da sessão, o que garantia certo suporte para a moeda norte-americana ante o Real. Segundo a Manchester Investimentos, a precificação nos Estados Unidos é de que os juros ficarão mais altos, o que contribui para tirar capital do Brasil. No começo do ano, com a Selic a 13,75% ao ano, o Brasil atraiu muito capital estrangeiro. Agora, os recursos tendem a começar a sair. De fato, desde que Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) realizou seu último encontro de política monetária, em 20 de setembro, o mercado de Treasuries vem se ajustando à perspectiva de juros maiores nos Estados Unidos por um período mais longo.

Isso tem dado força ao dólar ante as demais divisas. Nesta quinta-feira (05/10), porém, com os rendimentos dos Treasuries passando para o negativo, o dólar se enfraqueceu no exterior ante divisas fortes e ante a maior parte das moedas de emergentes ou exportadores de commodities. No Brasil, a moeda norte-americana seguia em alta. segundo a Commcor DTVM, o Real está se descolando das moedas fortes, algo que não estava acontecendo ultimamente. Mas, mesmo com os yields dos Treasuries caindo um pouco, eles ainda estão em níveis elevados. No mercado de moedas, a avaliação geral é de que o relatório de empregos payroll, a ser divulgado nesta sexta-feira (06/10), pode trazer indicações mais claras sobre o futuro da política monetária do Federal Reserve, com impactos no câmbio.

Nesta quinta-feira (05/10), o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos informou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 2.000 na semana encerrada em 30 de setembro, para 207.000, em dado com ajuste sazonal. O resultado, muito próximo do esperado, manteve a expectativa pelo payroll. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, caía 0,39%, a 106,340. O Banco Central vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de dezembro. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.