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09/Oct/2023

MP da renovação de frotas de caminhões caducou

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), entidade que representa as montadoras, informou que o mercado usou menos de um terço dos recursos liberados nos últimos quatro meses para a renovação das frotas de caminhões e ônibus. Foram aproveitados R$ 320 milhões do total de R$ 1 bilhão autorizado para os descontos, sendo apenas R$ 130 milhões nas vendas de caminhões, que contavam com até R$ 700 milhões, e R$ 190 milhões nos ônibus, dentro de um total de R$ 300 milhões liberados no pacote para o segmento de veículos coletivos. Sem votação no Congresso, a medida provisória que liberou os descontos caducou no dia 3 de outubro.

O programa visava estimular uma reação da indústria com descontos, via crédito tributário, de R$ 33 mil a R$ 99,6 mil na troca de veículos comerciais com mais de 20 anos de uso por outro zero quilômetro. Porém, ao contrário dos bônus de até R$ 8 mil liberados para a compra de carros de carros, que foram esgotados em 45 dias, os descontos oferecidos no mercado de veículos comerciais pesados tiveram pouca adesão. A entidade lamenta o setor terem perdido parte desses recursos. Esses recursos poderiam ter incrementado a indústria de veículos pesados. No acumulado desde o início do ano, a produção de caminhões mostra queda de 38,5%, para 71,8 mil unidades em nove meses.

A fabricação de ônibus recuou 35,5%, para 15,4 mil unidades, no mesmo período. O desempenho negativo é explicado pelo aumento nos preços, de 20% a 30%, dos veículos movidos a diesel em razão da atualização de tecnologia para atendimento dos limites de emissões mais baixos na virada do ano. Os números mostram que, acrescentando na conta os carros de passeio e utilitários leves, como picapes e vans, as vendas da indústria em setembro alcançaram a segunda melhor média diária do ano: 9,9 mil unidades por dia útil. O desempenho afasta o receio de retração da demanda após o impulso promovido pelos descontos do governo, mas o mercado não se mostra muito aquecido. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.