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11/Oct/2023

FMI mantém as projeções para países emergentes

O Fundo Monetário Internacional (FMI), no relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO), divulgado nesta terça-feira (10/10), manteve sua projeção para o crescimento de economias emergentes e em desenvolvimento neste ano, mas rebaixou a previsão de 2024, afirmando que o crescimento das regiões deve permanecer estável até 2025. O Produto Interno Bruto (PIB) das economias emergentes e em desenvolvimento será de 4,0% em 2023, conforme estimativa anterior, e permanecerá neste nível em 2024, uma queda de 0,1% em relação à projeção de 4,1% do relatório de julho. Uma leve aceleração no crescimento só acontecerá a partir de 2025 e terá diferenças entre as regiões. Entre os países em destaque, foi elevada a expectativa para o crescimento da Índia, de 6,1% a 6,3% em 2023, e do México, de 2,6% a 3,2%.

A atividade econômica global atingiu seu ponto mais baixo no ano passado, porém, uma recuperação aos níveis pré-pandemia parece cada vez mais fora de alcance, especialmente em mercados emergentes. Os países de baixa renda, sobretudo, estão enfrentando perdas na produção, juros elevados e depreciação das moedas locais. Isso colocou mais da metade dos países de baixa renda em alto risco de estresse ou já em situação de estresse financeiro. Além disso, foi feito um alerta para os riscos ao processo de relaxamento monetário em algumas economias emergentes, incluindo Brasil, devido ao cenário global. O "perigo" estaria em uma valorização ainda maior do dólar, saída de capital, aumento dos custos de empréstimo e estresse da dívida local. Sobre o mercado de trabalho, os níveis de emprego e participação devem continuar abaixo das tendência pré-pandemia em economias emergentes, refletindo as perdas severas na produção e a proteção social mais fraca.

Quanto à situação fiscal, o relatório projeta que a instância seja neutra, seguindo o processo de consolidação em 2024, assim como o de governos em economias desenvolvidas. Para a Argentina, especificamente, o FMI espera que o Produto Interno Bruto (PIB) recue 2,5% em 2023, e que cresça 2,8% em 2024. A orientação orçamental do governo da Argentina deve continuar a ser mais restritiva do que em outros países emergentes, dado o tamanho de sua dívida, que permanece elevada. A orientação deve garantir a sustentabilidade fiscal e de dívida no país. No total, o fundo já desembolsou cerca de US$ 36 bilhões para a Argentina, que segue um plano de reestruturação da instituição e tem apresentado dificuldades para honrar a dívida. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.