11/Oct/2023
De acordo com o 1º Levantamento da Safra de Grãos 2023/2024 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta terça-feira (10/10), a produção brasileira de grãos na safra 2023/2024, em fase inicial de plantio, pode atingir 317,5 milhões de toneladas, volume que corresponde a uma pequena queda em comparação a temporada anterior, influenciada pela perspectiva inicial de diminuição na produtividade média, uma vez que há indicativo de leve crescimento na área total semeada. Para a soja, principal grão cultivado no País, as estimativas são de crescimento tanto na área como na produtividade, mas em uma velocidade menor que o registrado no último ano-safra. Com uma área prevista de 45,18 milhões de toneladas e uma produtividade média inicial estimada em 3.586 quilos por hectare, a produção deve alcançar um pouco mais de 162 milhões de toneladas.
Se confirmado o resultado, o volume a ser colhido será um novo recorde para a cultura. O plantio da oleaginosa segue um bom ritmo no Paraná, com 20% da área já semeada. Em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul o percentual de área cultivada atinge 19,1% e 8% respectivamente. O arroz também apresenta, inicialmente, estimativa de incremento, tanto na área plantada, quanto na produtividade média, resultando em uma expectativa de produção na ordem de 10,8 milhões de toneladas, o que representa incremento de 7,7% em comparação ao volume colhido na safra 2022/2023. A projeção é de recuperação de área para o feijão, podendo atingir 2,78 milhões de hectares, somando-se os três períodos de cultivo dentro do ano-safra. O plantio da 1ª safra da leguminosa já está em andamento, com 61% da área estimada já semeada no Paraná, 32% em Santa Catarina, 34% no Rio Grande do Sul e 30% em São Paulo.
A expectativa para a produção total da cultura é de 3,1 milhões de toneladas, crescimento de 0,8% em relação à temporada anterior caso o resultado se confirme ao final dos 3 ciclos. O governo federal tem retomado políticas públicas para estimular a produção de alimentos, com anúncios dos Planos Safras, a retomada das compras públicas e a garantia dos Preços Mínimos. Essas e outras ações dão sinais positivos para os trabalhadores do campo. Cenário oposto é previsto para o milho se considerar as 3 safras do grão. As estimativas apontam para uma redução de 4,8% na área plantada, projetada em 21,19 milhões de hectares, e de 4,9% na produtividade média, chegando a 5.636 quilos por hectare. O cultivo do cereal na safra de verão (1ª safra 2023/2024) já teve início nos três Estados da Região Sul do País. Diante deste panorama, a produção total esperada para o cereal na safra 2023/2024 é de 119,4 milhões de toneladas frente às mais de 130 milhões de toneladas colhidas no ciclo passado.
Para o algodão, a primeira previsão indica crescimento de 2,9% na área a ser semeada da fibra, totalizando 1,71 milhão de hectares, e estimativa de uma produção de pluma em 3 milhões de toneladas. Quanto às culturas de inverno, com cerca de 40% das lavouras colhidas, a cultura do trigo apresenta aumento de área na ordem de 12,1% e redução de produtividade de 11,6%, em comparação a 2022, resultando em produção esperada de 10,5 milhões de toneladas, cerca de 0,9% abaixo da safra de 2022. As condições climáticas registradas nos principais Estados produtores tiveram impacto tanto no potencial produtivo, como nos casos do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, que registraram períodos com chuvas em excesso e o surgimento de doenças associadas à alta umidade, como no calendário habitual de colheita, caso do Paraná com o clima mais quente que acabou por acelerar o andamento do ciclo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.