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20/Oct/2023

G20: Brasil quer elevar influência sobre as decisões

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer aproveitar a presidência rotativa do G20 no Brasil no ano que vem para ampliar a influência do grupo das 20 maiores economias do mundo sobre as decisões do globo. Em meio a guerras e mantendo o mesmo mantra desde o primeiro mandato, de acabar com a fome no mundo, o chefe do Executivo enxerga que a chave para essa guinada poderá vir das questões que envolvem o meio ambiente, durante o evento que durará um ano a partir de 1° de dezembro. Segundo o Ministério das Relações Exteriores (MRE), o presidente gostaria que o G20 desse esse impulso. Lula já revelou seu desejo de fazer o G20 ganhar força o suficiente para ser o foro internacional oficial de discussões, para além do grupo das sete maiores economias do mundo (G7) e dos Brics, conjunto de cinco países emergentes que tenta se contrapor ao G7 e que será ampliado para 11 membros a partir de 2024.

Dentro do G20, porém, China e Rússia discordam do uso dos encontros do grupo para discutir assuntos ligados à geopolítica, por exemplo. Não há a menor dúvida de que há uma frustração mundial com relação ao ritmo das negociações de clima. O presidente Lula gostaria que o Brasil desse um impulso, especificamente na área do clima, que revitalizasse discussões que muitos consideram quase paradas. Na Assembleia Geral da ONU, que ocorreu em Nova York no mês passado, ficou claro que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) pouco avançaram. A pandemia explica parte da paralisia, mas não toda. Os ODSs são 17 metas interconectadas a serem perseguidas pelos países, como erradicação da pobreza, educação de qualidade, igualdade de gênero e ação contra a mudança global do clima, por exemplo.

A ideia do presidente Lula é a de insistir que o mundo, sobretudo os 20 países mais ricos, tem de provocar e inovar na discussão do combate à fome e às mudanças climáticas. Para marcar posição, o G20 brasileiro atuará em quatro frentes na área ambiental: dois grupos de trabalho (discussões que geralmente já estão consolidadas de outras edições e ficam de herança), uma força-tarefa (apresentação de um tema por uma presidência) e uma iniciativa, fora os debates sobre o tema que serão costurados de forma transversal. Um dos GTS tratará de transições energéticas e tem parceria com o Ministério do Meio Ambiente (MME). O outro é sobre sustentabilidade ambiental e climática, em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).

A força-tarefa recebeu o nome de “Mobilização para Combate ao Clima” e tem como um de seus objetivos acelerar o intercâmbio de recursos financeiros, principalmente para os países mais pobres. Por fim, a Iniciativa de Bioeconomia foi criada para, em princípio, “limpar” o uso da palavra que vem sendo usada de forma aleatória e tornar seu significado mais preciso. A iniciativa é formada por oito ministérios (MRE, MME, MMA, Agricultura, Casa Civil, Desenvolvimento Agrário, Desenvolvimento Social, Fazenda e Pesca). Seus representantes, inclusive, já se reuniram mesmo antes do início da presidência brasileira do G20. A outra iniciativa do País é justamente a do combate à pobreza. Como o governo lançou o Plano de Transição Ecológica, seria interessante lançar o debate durante a presidência de um país em desenvolvimento. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.