20/Oct/2023
Segundo o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o Brasil foi o país com a maior revisão para cima nas expectativas do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o crescimento em 2023, tanto no ranking de outubro quanto no de abril. O FMI elevou este mês a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro neste ano de 2,1% para 3,1%. A atividade econômica doméstica tem mostrado uma resiliência muito grande e há entre os economistas um questionamento se não houve uma melhora estrutural no crescimento brasileiro, devido às reformas realizadas nos últimos anos. Destaque também para a grande surpresa no mercado de trabalho local.
O desemprego está caminhando 7,7%. O nível de desemprego é similar ao visto em momentos de 2013 e 2014, mas a inflação está menor. É necessário avaliar essa questão de forma estrutural, para entender o que está acontecendo com a mão de obra no Brasil. No entanto, a surpresa com a mão de obra aquecida não é exclusividade do País, pois o fenômeno também é visto nos Estados Unidos, Canadá e Austrália. Ainda sobre mercado de trabalho doméstico, outro tema importante e que precisará de um enfoque maior, diante do envelhecimento da população, é a produtividade. Com exceção do agronegócio, há uma produtividade muito baixa no País, que pode se tornar um problema de longo prazo.
No entanto, foi verificada uma melhora nos primeiros trimestres de 2023. A dívida do País, comparada a de outros países do mundo emergente, é uma das mais elevadas. Há um grande esforço do governo para equacioná-la com o arcabouço fiscal, mas o corte de gastos é difícil. É preciso endereçar esse problema com credibilidade, mesmo que os resultados não sejam de curto prazo. Se os agentes financeiros não entenderem que existe um plano bom de convergir a dívida para um nível mais razoável na frente, haverá um problema de pagar juros altos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.