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31/Oct/2023

Companhias são pouco transparentes sobre ESG

Devido à subjetividade das normas que balizam os relatórios de ESG (meio ambiente, social e governança corporativa), as maiores empresas listadas na Bolsa de Valores do Brasil, a B3, apresentam baixo índice de um dos principais pilares da governança corporativa: a transparência. A conclusão é de um estudo da Associação Soluções Inclusivas Sustentáveis (SIS), que analisou 60 das maiores companhias da Bolsa. Juntas, elas representam 56% do valor total de mercado das mais de 400 companhias presentes no mercado de capitais. Das empresas avaliadas, 52 contam com relatórios de sustentabilidade. Sete das oito que não têm atuam em setores de alto risco ambiental. O estudo analisou informações obrigatórias e voluntárias que variam conforme o setor econômico.

A SIS explica que, para algumas temáticas, como diversidade e inclusão, são solicitados dados quantitativos para as empresas, que reportam a quantidade de pessoas negras e mulheres em suas organizações, por exemplo. Para outros temas, não são solicitados dados específicos, possibilitando que empresas divulguem os dados que desejarem. Os pontos levantados demonstram como a falta de regras mais duras abrem brechas para as empresas divulgarem informações genéricas e não necessariamente números, importantes balizadores para a tomada de decisão de investidores. Para alguns assuntos, a norma é muito clara, como os dados de diversidade e de desigualdade salarial. Ela pede números, então as empresas entregam números.

Quando adotam uma redação mais genérica, dão espaço para as empresas divulgarem narrativas. A quantidade de informação consistente e objetiva que o investidor pode efetivamente ter é muito pequena. Segundo o estudo, um comportamento recorrente é o fato de muitas empresas emitirem títulos verdes, mas não apresentarem evidências de que cumpram a legislação referente às práticas socioambientais. Outra prática que apontaria a ausência de transparência das empresas de capital aberto seria a falta de monitoramento da cadeia de valor ou o desconhecimento em relação a dados, demonstrando que poucas empresas contam com registros ou dados factíveis das práticas ambientais de seus parceiros comerciais. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.