31/Oct/2023

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), na webinar "Bioeconomia: mensuração de emissões na agropecuária e transição do verde no Brasil", realizado nesta segunda-feira (30/10), o Brasil precisa de parâmetros próprios para mensurar emissões de carbono na agropecuária, para além dos estabelecidos pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da Organização das Nações Unidas (ONU). Parte do trabalho que está sendo desenvolvido mostra a importância de ter critérios adequados à realidade do Brasil e saber utilizá-los para orientar uma transição verde de maneira acelerada no Brasil. Já existem estudos relacionados às particularidades da produção de carne bovina e de soja no País, por exemplo.

Segundo a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), o País tem pessoal qualificado e estudos apropriados, mas não consegue transformar esse ativo em uma boa articulação no mundo. O Brasil se saiu mal na mesa de negociação da União Europeia, mas agora precisa aproximar os europeus com o intuito de reconhecer as particularidades do País. O Brasil já teve protagonismo na discussão de sustentabilidade no mundo. É nessa direção que deve andar. Há ainda a necessidade de adicionar a bioeconomia como um dos contribuintes para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

Nesse sentido, caberia acrescentar ao indicador fatores como estoque, uso e transformação dos recursos biológicos e naturais, contribuindo assim para a elaboração de políticas setoriais e regionais voltadas para as commodities agrícolas brasileiras. Para o embaixador e secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Itamaraty, André Corrêa do Lago, que estará entre os representantes do Brasil na 28ª Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-28), daqui um mês em Dubai, acrescentou que a iniciativa privada também precisa se mexer para mudar a visão do agro e ter o seu grau de colaboração. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.