08/Nov/2023
Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), a economia da China deverá crescer 5,4% este ano, graças a uma forte recuperação após a pandemia de Covid-19, revisando para cima uma projeção anterior de avanço de 5%. Para 2024, o Produto Interno Bruto (PIB) chinês terá expansão menor, de 4,6%, em meio à continua fraqueza no setor imobiliário e demanda externa contida. A projeção, no entanto, é melhor do que a alta de 4,2% prevista no relatório “Perspectiva Econômica Mundial”, publicado em outubro. As revisões para cima em 0,4% para 2013 e 2014 são atribuídas a um desempenho melhor do que o esperado da economia chinesa no terceiro trimestre e a recentes medidas de estímulo econômico.
No mês passado, a China aprovou uma emissão extra de 1 trilhão de yuans (US$ 137 bilhões) em títulos do governo e permitiu que governos locais antecipassem parte de suas cotas de bônus para 2024, em nova tentativa de impulsionar a recuperação econômica. No médio prazo, o crescimento da China deve desacelerar gradualmente, a cerca de 3,5% até 2028, em meio a obstáculos como fraca produtividade e o envelhecimento da população. A China introduziu uma série de medidas para ajudar o setor imobiliário, mas precisa fazer mais para garantir uma recuperação mais rápida e custos econômicos mais baixos durante a transição. Segundo o ING, a continuidade da fraqueza nas exportações chinesas pode pesar sobre a contribuição do comércio no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China no quarto trimestre, embora seja difícil projetar conclusões firmes.
A redução no superávit da balança comercial da China em outubro sugere que a demanda externa para exportações chinesas continua fraca. Por outro lado, existem sinais positivos de demanda doméstica "escondidos" nos dados de importação. A questão é sobre qual dado se coloca mais peso. Para o ING, ainda são necessários mais dados e a leitura de dezembro pode trazer maior precisão, por sair da esfera que coincide com a época de lockdowns na China no ano passado. Até que se tenha uma ideia melhor do que está acontecendo, não haverá revisão nos números do PIB de 2023, que está previsto em 5,4%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.