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08/Nov/2023

Países menos desenvolvidos e a sustentabilidade

A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) defende estratégias para que os países menos desenvolvidos (LDC) possam receber apoio e voltar a perseguir metas de desenvolvimento sustentável. A entidade vinculada à Organização das Nações Unidas diz que essas nações enfrentam com bastante peso o quadro atual de mudanças climáticas, crescentes conflitos humanos, fragmentação geoeconômica e alta no custo de vida. Os impactos trazidos por esse contexto levaram à reversão de anos de progresso no crescimento e no desenvolvimento desses países, inclusive em áreas cruciais como as metas do desenvolvimento sustentável, a erradicação da pobreza, bem como a melhora em nutrição, saúde, educação e igualdade de gênero.

A Unctad destaca o choque para os países menos desenvolvidos, entre 2020 e 2021, com a pandemia de Covid-19. Como consequência da piora econômica, o número total de pessoas em extrema pobreza entre essas nações cresceu pelo menos 15 milhões. Para melhorar o quadro, a entidade defende a necessidade de uma arquitetura financeira internacional inclusiva, inovadora e adaptada às suas necessidades e desafios específicos. O ano de 2023 é crucial para a finança climática global. A Unctad cita eventos importantes neste ano, como a Conferência das Partes (COP28). A Unctad ressalta a urgência de se avançar na questão, nesse contexto. Ele vê a arquitetura financeira internacional como com problemas para lidar com choques sistêmicos e, de modo mais fundamental, para mobilizar recursos para os países menos desenvolvidos.

A entidade alerta para o fato de que os países menos desenvolvidos enfrentam necessidades de financiamento grandes e crescentes. Em particular, destaca a necessidade cada vez maior de verba para a finança climática, no momento em que o mundo está atrás do desejável para cumprir as metas do Acordo de Paris. A crescente complexidade da arquitetura internacional representa um desafio para as capacidades institucionais fracas dessas nações. Aponta também a importância de que estas tenham maior espaço fiscal, e acrescenta que os fluxos externos de financiamento são cruciais para isso. As recomendações passam ainda pelo fortalecimento da eficácia na ajuda aos menos desenvolvidos, bem como pelo apoio financeiro com foco no clima. A cooperação Sul-Sul pode ser importante para auxiliar esses países, nesse contexto. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.