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10/Nov/2023

Política sustentável impulsionou comércio agrícola

Em reunião na quarta-feira (08/11), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, receberam a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove). Representantes de algumas das principais empresas do agronegócio brasileiro e internacional, aproveitaram o encontro para agradecer o presidente Lula pela postura do governo federal em relação à questão ambiental. Eles vieram parabenizar o presidente pela política ambiental de repressão ao desmatamento ilegal, que dificultava a comercialização dos produtos brasileiros do agro, principalmente o óleo de soja, o farelo de soja e depois os desdobramentos com carnes. De acordo com o ministro, nestes dez primeiros meses do governo, o setor já sentiu o reflexo na melhoria do comércio motivada por uma política respeitosa, rigorosa com o crime ambiental, mas que, por outro lado, cria oportunidades para quem investe em sustentabilidade. Nesta linha, um dos principais temas da reunião foi uma matriz energética limpa e o biocombustível brasileiro.

Responsável por 65% do esmagamento de soja, 70% do trading e 35% do biodiesel brasileiro, a Abiove informou que está pronta para aumentar a mistura de biodiesel ao diesel. A proposta aprovada no Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) em fevereiro deste ano prevê o aumento escalonado da mistura até 2030 levando em conta, também, a demanda. Para isso, a associação anunciou um investimento de US$ 10 bilhões nos próximos anos. Segundo o presidente Lula, os empresários resolveram assumir a responsabilidade de ganhar dinheiro com a nova fonte de energia em que o Brasil é imbatível. Além do investimento na produção de etanol de milho e de cana-de-açúcar, o setor se dispôs a investir também em infraestrutura logística e já sinalizou a adesão ao programa do Ministério da Agricultura e Pecuária para a conversão de pastagens de baixa produtividade. Conforme o presidente, a agricultura brasileira é capaz de produzir biocombustíveis e alimentos em grande escala, sem invadir áreas de proteção. O Brasil é um país muito competitivo nessa área, e precisa utilizar isso a seu favor.

É possível recuperar a terra, financiar. Considerado o maior programa de produção sustentável de alimentos do mundo, o projeto que será oficialmente lançado nos próximos dias já tem a adesão de investimentos nacionais e internacionais. A proposta é que sejam incorporados à área de produção mais 40 milhões de hectares de pastagens degradadas ou de baixa produtividade nos próximos 10 anos, intensificando a produção de alimentos sem avançar no desmatamento sobre as áreas já preservadas e com práticas que levem não emissão de carbono. Carlos Fávaro reafirma que o Ministério da Agricultura e Pecuária está comprometido com a produção sustentável e que o grande desafio é reconectar o mundo e dar a conhecer as boas práticas da imensa maioria dos produtores brasileiros. O Brasil reconhece seu compromisso com o mundo, reconhece seu potencial de produzir alimentos com qualidade e sustentabilidade e isso certamente é uma oportunidade para o mercado e para os países amigos. Juntos, será possível produzir cada vez mais alimentos acessíveis e ajudar a concretizar o legado do presidente Lula, que sonha com um mundo sem fome. O Brasil pode contribuir para esse legado, mas sempre com respeito ao meio ambiente, disse o ministro.

Carlos Fávaro ainda destacou as ferramentas de avanço que levaram a agricultura ao nível em que está, com mais tecnologias implementadas para o desenvolvimento do agro. Um dos maiores ativos é a adoção de tecnologias de ponta, e a Embrapa tem papel fundamental, mas também a iniciativa privada, que faz um grande trabalho no desenvolvimento de tecnologias para a produção brasileira. Os equipamentos e as máquinas utilizadas na agropecuária altamente tecnificada também são um grande ativo brasileiro. A Embrapa destacou que o forte do Brasil é a agricultura e por meio da empresa, foi investido recursos para ciência e tecnologia a fim de fortalecer o agronegócio. Além disso, o País desenvolveu tecnologias sustentáveis que são referências internacionalmente. As tecnologias para a agricultura podem fazer uma transformação para trazer números positivos e garantir responsabilidade e a transparência nos processos de produção. Fonte: Ministério da Agricultura. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.