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13/Nov/2023

Plano Safra 2023/2024: crédito tem sido suficiente

O Ministério da Agricultura e Pecuária afirmou que a liberação de crédito do Plano Safra 2023/2024 ao produtor rural está dentro da normalidade. Não chegaram reclamações de falta de crédito. Os valores anunciados estão sendo cumpridos. Ocorreram casos isolados, talvez regionalmente. A demanda por crédito para agricultura empresarial perpassa R$ 1 trilhão por safra, mas que o desembolso de R$ 364,22 bilhões anunciado pelo governo será cumprido. Há um leque de alternativas para suprir a demanda de financiamentos dos próprios agentes financeiros e do mercado de capitais, com fluxo de CRAS, CPRs e LCAs.

O Ministério da Agricultura contactou parte das 21 instituições financeiras que operam os recursos do Plano Safra e elas reportaram que estão ativas nas operações e com disponibilidade de recursos. Os bancos têm até esta segunda-feira (13/11) para dar uma resposta se terão dificuldade de aplicação do volume de recursos direcionados a eles. Dependendo da linha, poderá haver disponibilidade orçamentária ou não e pode haver realocação em outro programa. Sobre um eventual redirecionamento de limites equalizáveis entre as instituições financeiras, alguns bancos talvez não tenham atuado na plenitude da programação trimestral de aplicação de recursos e poderão fazer ajustes nas programações para os próximos trimestres do Plano safra.

Haverá possibilidade de remanejamento nos próximos dias. Será avaliado o redirecionamento para fazer a alocação apropriada desses recursos à luz das necessidades da política de crédito rural e apoio à comercialização. A metodologia de controle de aplicação trimestral das instituições financeiras é nova e está sendo ajustada. Os agentes financeiros estão se adaptando à regra da trimestralidade. A ideia é acomodar as questões, permitindo que possam adiantar recursos e dar oportunidade de devolver recursos que não conseguirão cumprir a aplicação. O número recorde de instituições financeiras que participam deste Plano Safra, de 21, levou à redução no Custo Administrativo e Tributário (CATs) aplicados sobre os financiamentos, o spread bancário. Os CATs eram muito elevados.

A maior competição dos bancos no Plano Safra levou os spreads de 5% para 3,14%. A ampliação da obrigatoriedade de direcionamento de 35% para 50% dos recursos das Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) para empréstimos do setor rural foi uma decisão acertada. Houve manifestação dos agentes de que se recuariam nas LCAs com o aumento da exigibilidade, mas isso não se confirmou. Do total desembolsado dos recursos do Plano Safra 2023/2024 até outubro, de R$ 186 bilhões, 45% são provenientes da fonte LCA, no total de R$ 79 bilhões ante R$ 39 bilhões de igual período do ano passado. Portanto, o aumento da exigibilidade foi muito bom.

Outro indicativo que a ampliação da exigibilidade foi um movimento acertado, em meio à necessidade de ampliação de fontes dentro do Plano Safra, é o fato de que o crédito concedido pelas principais instituições financeiras aumentou. O Banco do Brasil desembolsou R$ 77 bilhões em patamar semelhante ao ano passado; o Sicredi desembolsou R$ 19 bilhões ante R$ 16 bilhões do ano passado; o Bradesco, que é um grande emissor de LCAs, passou de R$ 9,7 bilhões para R$ 16,6 bilhões, no total de diversas fontes; o Itaú passou de R$ 3,9 bilhões para R$ 10,5 bilhões concedidos; o Santander foi de R$ 4 bilhões para R$ 10 bilhões desembolsados. Esse diferencial é puxado pelo efeito das LCAs. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.