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20/Nov/2023

Agronegócio terá papel essencial na descarbonização

O agronegócio e a energia limpa que o setor tem condições de gerar, até mesmo com o aproveitamento de resíduos da própria produção, terão papel determinante na agenda de descarbonização da economia brasileira. O óleo de palma, que é produzido a partir da planta de mesmo nome, é usado, entre inúmeras aplicações, como biocombustível. Se o País ocupar 30 milhões de hectares com palma, poderá substituir o uso de 1,1 bilhão de barris de petróleo por ano, disse o grupo Brasil Biofuels, cuja companhia trabalha com biodiesel feito a partir do óleo de palma. A empresa tem 75 mil hectares plantados de palma e uma unidade que vai produzir o SAF (combustível sustentável para aviação). O segmento de palma já tem o zoneamento fundiário, mas precisa de estímulos para se expandir e criar mais empregos sustentáveis na Amazônia.

No zoneamento, foi determinado que há 35 milhões de hectares no País que podem receber o cultivo de palma, uma área equivalente ao total das áreas de países concorrentes como Indonésia, Malásia e Tailândia. Outro combustível “verde” é o biogás. O Brasil detém cerca de 900 plantas em operação, informou a Associação Brasileira do Biogás (Abiogás). Há um crescimento efetivo do biogás em dez anos, mas o número ainda será baixo diante do potencial do País. O potencial de produção de biogás pela agropecuária brasileira é de 120 milhões de m³/dia. Falta política pública para estimular biogás e biometano. Já há tecnologia para veículos movidos a biogás, mas falta iniciativa do poder público. O mercado do biogás está acontecendo, porém com pouquíssimos incentivos.

Na agenda de transição energética, a grande demanda vem de empresas e indústrias que buscam a substituição de combustíveis pelo biogás para a descarbonização dos processos. É possível deixar os combustíveis fósseis. O agronegócio tem um imenso potencial de produção e utilização do biocombustível. Hoje, apenas 2% do agronegócio produz e utiliza biogás. Em relação à energia fotovoltaica, a Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen) afirmou que o País já conta com 35 gigawatts instalados com energia solar, sendo que 25 gigawatts estão em pequenas instalações, enquanto os outros 10 gigawatts vêm de grandes usinas. Para se firmar como fonte confiável e renovável de energia e se expandir mais do que cresce atualmente, porém, o setor precisa de um backup, ou seja, unidades de armazenamento da energia gerada. Tanto que hoje já vem sendo discutida a possibilidade de utilização de baterias. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.