20/Nov/2023
O Instituto de Finanças Internacionais (IIF) prevê que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil será de 3,2% em 2023 e 2,4% em 2024, enquanto o avanço da América Latina, excluindo Argentina, deverá ser de 2,5% em 2024. A projeção do Brasil implica um desempenho uniformemente distribuído entre os setores. Ainda assim, os preços das matérias-primas impulsionarão as atividades agrícolas e energéticas, uma mudança estrutural que não só impulsionará o superávit comercial do Brasil, mas também se tornará um importante catalisador de crescimento.
Para a América Latina, embora as tensões geopolíticas tenham se intensificado, a região continuará se beneficiando de fatores como sua posição como produtor de matérias-primas, sua localização estratégica longe de grandes conflitos e o reequilíbrio dos fluxos de capital para os mercados emergentes. No meio da remodelação da cadeia de abastecimento global, o crescimento sólido nos principais parceiros comerciais, como os Estados Unidos e a China, onde as previsões estão acima do consenso, também deverá reforçar as economias da América Latina. Ainda, a dinâmica favorável da desinflação e a elevada credibilidade do banco central permitirão uma flexibilização substancial da política monetária, proporcionando apoio adicional.
A inflação deve cair ainda mais em 2024, abrindo caminho para uma flexibilização constante da política monetária na maioria dos países, facilitada pela maior credibilidade do banco central. Em relação à Argentina, a estimativa para o PIB é de queda de 2,4% em 2023 e de 1,3% em 2024, considerando que o novo governo terá de implementar um plano de estabilização, incluindo medidas de austeridade fiscal, para combater a inflação de três dígitos e reconstituir as reservas externas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.