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20/Nov/2023

Alimentos e passagem aérea acelerando a inflação

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), os aumentos de preços das passagens aéreas e dos alimentos pressionaram a inflação ao consumidor medida pelo Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) de novembro. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) acelerou de uma elevação de 0,25% em outubro para uma alta de 0,39% em novembro. Cinco das oito classes de despesa registraram taxas mais elevadas: Alimentação (de -0,61% para 0,40%), Educação, Leitura e Recreação (de 2,10% para 2,93%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,02% para 0,44%), Vestuário (de 0,04% para 0,22%) e Despesas Diversas (de 0,00% para 0,13%). As principais contribuições partiram dos itens: hortaliças e legumes (de -3,23% para 4,51%), passagem aérea (de 13,96% para 17,37%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de -0,77% para 0,77%), tecidos e armarinho (de -0,08% para 0,36%) e alimentos para animais domésticos (de -0,12% para 1,41%).

Na direção oposta, as taxas foram mais baixas nos grupos Transportes (de 0,44% para -0,21%), Habitação (de 0,39% para -0,06%) e Comunicação (0,09% para -0,06%). Houve influência dos itens: gasolina (de 0,89% para -1,48%), aluguel residencial (de 1,23% para -0,96%) e tarifa de telefone residencial (de 0,00% para -0,44%). O aumento de 6,34% no preço dos bovinos exerceu a maior pressão individual sobre a inflação no atacado dentro do Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) de novembro. Apesar da estabilidade em sua taxa de variação, o índice ao produtor registrou avanço nos preços dos produtos agropecuários (de -1,41% para 0,65%) e desaceleração nos produtos industriais (de 1,34% para 0,58%). Na esfera agrícola, observou-se crescimento nas taxas de variação das lavouras temporárias (de -0,40% para 0,35%), lavouras permanentes (de -2,06% para 1,74%) e pecuária (de -3,13% para 0,90%). Esses movimentos explicam a aceleração da taxa no grupo Alimentação (de -0,61% para 0,40%) componente do Índice de Preços ao Consumidor.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10) passou de alta de 0,61% em outubro para uma elevação de 0,60% em novembro. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais aceleraram de uma queda de 0,04% em outubro para alta de 0,13% em novembro, puxados pelo subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de -5,20% para 0,81%. O grupo Bens Intermediários saiu de 0,99% em outubro para 0,97% em novembro, tendo como principal contribuição o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 4,32% para 2,62%. O grupo Matérias-Primas Brutas passou de 0,84% em outubro para 0,65% em novembro. As altas foram mais brandas no minério de ferro (de 7,31% para 0,82%), cana-de-açúcar (de 2,48% para 0,23%) e arroz em casca (de 5,88% para 2,35%). No sentido oposto, houve aceleração nos bovinos (de -0,16% para 6,34%), mandioca/aipim (de -5,38% para 5,50%) e café em grão (de -1,48% para 3,57%). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.