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21/Nov/2023

Brasil poderá ser o 4º maior produtor global de lítio

O incentivo cada vez maior à produção de carros que não dependam de combustíveis fósseis traz uma grande oportunidade para a América Latina. Com quase 60% das reservas globais de lítio, segundo a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), a região pode despontar como área estratégica para a fabricação de baterias para os carros elétricos. Há, no entanto, uma questão a ser resolvida nesse setor, que são os riscos ambientais trazidos pelo método de extração do metal, o que tem fomentado o debate sobre como mitigá-los. A Argentina, a Bolívia e o Chile formam o chamado “Triângulo do lítio”, com 52% das reservas globais reconhecidas do metal. Apesar de deter as reservas, a produção mundial é liderada pela Austrália.

A Câmara Latino-Americana de Lítio afirma que os países com os maiores recursos poderiam potencializar uma cadeia produtiva em torno do metal na região, além de integrar México, Peru e Brasil, nações também com reservas de lítio. A Ace Capital destaca que, na área do “Triângulo”, o lítio é de salmoura, extraído de salares de regiões desérticas. No Brasil, no entanto, o quadro é distinto, pois o lítio vem de formações rochosas, como as que ocorrem no Vale do Jequitinhonha, no nordeste de Minas Gerais. Até hoje, o mercado tem domínio do lítio de salmoura, como o do Chile e, mais recentemente, da Argentina. Tem sido pouco destacado no País a oportunidade. Em menos de um ano, o Brasil deve virar o quarto maior produtor global de lítio.

Hoje, o País é o quinto maior produtor, com 2,2 mil toneladas, segundo o Ministério de Minas e Energia (MME). Essa participação deve ser elevada com os projetos já em andamento no País. A produção de lítio e seus derivados pode receber investimentos de cerca de R$ 15 bilhões até 2030 apenas no Vale do Jequitinhonha. A região concentra 85% do lítio já identificado no País e vem sendo chamada de “vale de lítio”, área que envolve 14 municípios. Estimativas do Banco Mundial mostram que a demanda global pelo minério deve aumentar quase 1.000% até 2050. Por ser um metal leve, tem um alto potencial eletroquímico e uma boa relação entre peso e capacidade energética. Por isso, seu uso para as baterias de carros híbridos e elétricos é diferencial. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.