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21/Nov/2023

Dólar em baixa acompanhando movimento externo

O dólar caiu acentuadamente frente ao Real nesta segunda-feira (20/11), em linha com o comportamento da divisa no exterior em meio à visão de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) já terminou de elevar os juros e pode começar a cortá-los no primeiro semestre de 2024. A moeda norte-americana fechou em queda de 1,09%, a R$ 4,85, maior baixa diária desde 3 de novembro (-1,53%) e menor patamar de encerramento desde 2 de agosto (R$ 4,80). Segundo a Correparti Corretora, o movimento do dólar ao longo da sessão acompanhou a fragilidade da divisa norte-americana no exterior, que por sua vez foi reflexo do consenso por parte dos agentes do mercado de que os juros norte-americanos não devem subir mais, movimento que ajuda na valorização das commodities e derruba o dólar no mercado de câmbio internacional. O índice do dólar frente a uma cesta de pares fortes recuava cerca de 0,50%, em linha com nova baixa nos rendimentos dos Treasuries.

Os mercados descartaram o risco de novos aumentos de juros por parte do Fed e elevaram as apostas em cortes no primeiro semestre do ano que vem após uma série de indicadores econômicos norte-americanos mais fracos do que o esperado na semana passada, especialmente uma leitura de inflação que ficou abaixo das estimativas. Ao mesmo tempo que justificam o fim das altas de juros, os dados também não acenderam o alerta para uma recessão na maior economia do mundo, uma notícia duplamente positiva para o apetite por risco global. Juros mais baixos nos Estados Unidos costumam favorecer divisas de países com retornos mais elevados, como o Brasil. Para o Citi, os ativos de risco serão melhor negociados no final do ano e que o topo dos juros dos Estados Unidos já está dado. A volatilidade das taxas dos Estados Unidos tem se comportado bem, o que normalmente apoia o 'carry trade' (retorno de taxas de juros) dos mercados emergentes.

O ambiente parece apoiar tanto os mercados de juros de mercados emergentes quando as moedas de mercados emergentes. Enquanto isso, na cena doméstica, o debate sobre a meta fiscal de 2024 deve continuar gerando ruído sobre o mercado de câmbio, embora este já tenha sido parcialmente digerido, segundo a Ebury, referindo-se a críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao objetivo estabelecido por sua equipe econômica de zerar o déficit primário no ano que vem. Parte do governo e parlamentares chegaram a defender um afrouxamento do alvo com menções a possíveis metas de déficit de 0,25% ou 0,50% do PIB para o ano. Nos últimos dias, porém, membros do governo afirmaram que a meta de déficit zero em 2024 não será alterada, enfatizando a defesa pela aprovação de medidas que ampliem a arrecadação. Há espaço para o Real continuar com a performance, com um ambiente mais construtivo para os eventos de risco no exterior nos próximos dias. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.