ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

22/Nov/2023

Títulos Sustentáveis: Brasil planeja nova captação

A próxima captação de títulos soberanos sustentáveis do Tesouro Nacional deve ocorrer a partir de maio do ano que vem. A primeira emissão desse tipo pelo Brasil foi feita no dia 13 de novembro e considerada um sucesso pela equipe econômica, já que as taxas obtidas com a operação ficaram muito próximas das alcançadas por países que são classificados como grau de investimento. Após a liquidação da operação, que ocorreu no dia 20 de novembro, o próximo passo é realizar nova reunião do comitê de finanças sustentáveis, um grupo interministerial, para encontrar as despesas elegíveis para o relatório de alocação. É nesse momento que os projetos serão selecionados de acordo com os parâmetros apresentados pelo governo antes da colocação externa. A expectativa é a de que o encontro seja feito logo no início do ano que vem. Depois dessa fase, será possível dar encaminhamento a uma nova emissão.

O "sonho de consumo" do Tesouro é ter um segundo documento com a composição de uma futura captação até março, ou seja, ter de novo um relatório de pré-alocação assim como foi feito na primeira edição. Todos os textos precisam receber o parecer de uma opinião externa, chamada de "Second Party Opinion Provider", e que segue os padrões de uma taxonomia internacional. Tudo sendo realizado até abril, ou no máximo maio de 2024, o governo abre o caminho para realizar uma nova emissão no formato ligado a padrões ambientais, sociais e de governança, conhecidos pela sigla em inglês ESG, que vem sendo muito procurada por investidores principalmente da Europa e Estados Unidos. Na primeira rodada brasileira, essas regiões foram responsáveis por 75% das compras dos títulos nacionais.

Nos relatórios de impacto que o governo se comprometeu a fazer antes mesmo da colocação externa, será preciso dizer exatamente para onde destinou os recursos obtidos com a operação. Apesar do sucesso da estreia, a equipe econômica tem ciência de que o "jogo está apenas começando", já que a transparência e a confirmação das propostas feitas antes e durante a primeira emissão servem de credibilidade para as próximas. Por isso, a intenção é repetir a confecção de um relatório pré-alocação a cada nova captação, dando ao investidor um mapa básico sobre onde os recursos serão alocados. Esse "roteiro" é importante para que o interessado veja se os papéis domésticos estão alinhados com seu objetivo de portfólio. O que o Brasil fez é raro. Lançou uma âncora nova e pretende continuar a fazer isso sempre, às vésperas de cada emissão. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.