23/Nov/2023
Um grupo de 11 entidades ligadas aos setores de varejo e serviços lançou, no dia 20 de novembro, um movimento em defesa do parcelamento de compras no cartão de crédito sem a incidência de juros. Chamado de ‘Parcelo Sim!’, o movimento terá ações de comunicação (o site já está no ar) e vai colher assinaturas pela preservação do instrumento. O movimento quer sensibilizar autoridades dos poderes Executivo e Legislativo para evitar o que chama de “vilipêndio” dos grandes bancos aos lojistas e aos clientes.
Nas discussões que se arrastam há meses, o varejo e o setor de serviços defendem a manutenção do parcelado sem juros no formato atual, sem limite para o número de parcelas. Os bancos dizem que é preciso limitar as parcelas para que caiam os juros do crédito rotativo, usado por clientes que não pagam a totalidade da fatura do cartão, cujas taxas passam de 400% ao ano. O governo e o Banco Central também participam das discussões. O Banco Central chegou a propor uma limitação do parcelado a 12 vezes, que foi considerada insuficiente pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
A proposta foi considerada como anticoncorrencial por fintechs, empresas independentes de pagamentos (maquininhas) e pelo varejo. O movimento cita dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC), que apontam que 90% dos varejistas adotam o parcelado sem juros. O Movimento ‘Parcelo Sim!’ é propositivo, com a reunião de mais de 10 entidades. A ideia é informar a população sobre as consequências nefastas que uma mudança nesse produto, que é o campeão de preferência do consumidor, pode provocar. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.