28/Nov/2023
Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), o mundo não vai conseguir cumprir o Acordo de Paris caso mantenha o ritmo atual de redução das emissões de carbono. As políticas atuais não condizem com os compromissos do mundo, e por isso é preciso revisar as metas de redução de carbono dos países, aumentar o preço da tonelada do carbono e aumentar a participação do setor privado na luta pela transição verde. A luta contra o aquecimento global é uma questão muito mais complicada de reverter, mas o planeta está perdendo a simples meta de reduzir o aquecimento global a 1,5°C até o fim deste século.
À medida que o mundo acorda para a escalada da crise climática, as tensões geopolíticas estão minando a capacidade global de se unir e coordenar ações conjuntas. Para voltar à meta e limitar o aquecimento global a 2ºC até 2100, o FMI diz que seria necessário propor um corte nas emissões em linha com os rendimentos per capita dos países. Como por exemplo: países de rendimento elevado precisariam reduzir suas emissões em 39%, enquanto países de rendimento baixo deveriam se concentrar em reduzir suas emissões em 8% até 2030. Para limitar o aquecimento do globo a 1,5ºC, os cortes deveriam ser ainda maiores, de 60% para os países com maior rendimento per capita.
O preço da tonelada de carbono deve aumentar até 2030, como forma de fornecer amplos incentivos à redução de energia com utilização de carbono, e fomentar fontes limpas e tecnologia verde. Paralelo a isto, o investimento da iniciativa privada em energia verde deve aumentar de 40% para 90% do total do financiamento climático em economias emergentes e em desenvolvimento até 2030. Isso significa uma ampla combinação de políticas para superar barreiras como riscos cambiais e políticos, mercados de capitais subdesenvolvidos e outras adversidades. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.