18/Dec/2023
A Secretária do Comércio dos Estados Unidos, Gina Raimondo, afirmou na sexta-feira (15/12), durante o Fórum de CEOs Brasil e Estados Unidos, que a relação comercial entre os dois países entrará em uma nova era. Ao lado do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, Raimondo destacou que os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, compartilham dos mesmos valores em relação às mudanças climáticas, democracia e direito dos trabalhadores e ainda há muito mais a ser feito. Os Estados Unidos têm investimentos grandes no Brasil.
Segundo ela, é tempo de aprofundar o comércio investindo nos potenciais de cada um dos países de modo que haja uma confluência. Enquanto o Brasil é forte em agricultura e minerais, os Estados Unidos estão aumentando seus investimentos em supply chain e semicondutores. Alckmin destacou que os Estados Unidos são o maior parceiro econômico do Brasil no que se refere a bens, serviços e investimentos, com estoque de mais de US$ 200 bilhões e afirmou que o país é protagonista nos principais temas em discussão no âmbito internacional. "O Brasil é protagonista em segurança alimentar, segurança energética e clima. O presidente Lula tem compromisso com a descarbonização, começando pelo desmatamento na Amazônia. O objetivo do Brasil é o desmatamento ilegal zero e a recomposição de áreas do bioma com Fundo do Clima.
Gina Raimondo destacou uma série de fatores têm tornado o Brasil ainda mais atrativo para os Estados Unidos no que vem sendo chamado de 'friendshoring', em que o país norte-americano tenta estabelecer parcerias estratégicas com aliados para tornar sua cadeia de suprimentos mais resiliente. Raimondo citou os esforços brasileiros para ter uma economia estável, inflação controlada, uma democracia forte, responsabilidade fiscal, além do avanço obtido com a iminente aprovação da reforma tributária, assim como a atratividade do País na área de exploração de minerais críticos. Tudo isso atrai os Estados Unidos, como um espaço para pensar no 'friendshoring', enquanto foca em fazer a cadeia de suprimentos do país mais forte e resiliente, ressaltando o foco no setor de semicondutores.
Os Estados Unidos já são o maior investimento no Brasil e isso pode crescer muito, assim como parceria comercial. A melhor forma de dois países fortalecerem suas relações é fazendo comércio e é isso que os Estados Unidos querem fazer. Os Estados Unidos irão "fazer de tudo" para que o Brasil seja bem-sucedido na tarefa de sediar e presidir o G20, assim como a COP30 em 2025. Para reforçar que o governo olha formas de tornar o Brasil mais atrativo para receber investimentos privados, a Casa Civil ressaltou que o novo PAC não é apenas um programa focado em investimento em obras, mas tem um pilar importante de medidas institucionais e regulatórias.
Foram destacadas ações para modernizar o marco regulatório de PPPs e concessões, iniciativas regulatórias na questão ambiental, além da ampliação das condições de crédito. O PAC não é só conjunto de empreendimentos e oportunidades de investimentos. Para alcançar objetivos é preciso também medidas regulatórias. Estavam presentes no fórum representantes de grandes empresas na relação Estados Unidos-Brasil, como Embraer, Petrobras, Minerva, Stefanini, Gerdau, Natura, Raízen, Suzano, Weg, Movile, Stone e Citrosuco. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.