22/Feb/2024
Milhares de agricultores avançaram para o centro de Madrid, na Espanha, nesta quarta-feira (21/02), como parte dos protestos contra as políticas relacionadas à política agrícola da União Europeia (UE) que ocorrem em diversos países do bloco. Espanha e a Comissão Europeia fizeram algumas concessões nas últimas semanas, mas os produtores alegam que as medidas são insuficientes. O grupo de sindicatos que reúne os produtores rurais afirmou que levaria 500 tratores e transportaria milhares de agricultores para a concentração em Madrid.
Além das políticas da União Europeia, os agricultores alegam que uma lei destinada a garantir que os principais compradores de supermercados paguem preços justos por seus produtos no atacado não está sendo aplicada, enquanto os preços ao consumidor dispararam. Na França, o maior produtor agrícola da União Europeia, o governo também enfrenta pressão de agricultores, que realizaram manifestações desde o mês passado para exigir melhores salários e outras assistências.
O primeiro-ministro, Gabriel Attal, prometeu uma legislação para fortalecer a posição dos agricultores franceses em negociações comerciais com distribuidores. Ele também prometeu medidas para facilitar e baratear a contratação de trabalhadores sazonais. O governo deve trabalhar, ainda, para proteger os agricultores das importações de frango, ovos, açúcar e cereais da Ucrânia. Na Polônia, o governo expressou preocupação com os slogans pró-Putin nas manifestações dos produtores rurais.
O Ministério das Relações Exteriores acredita que grupos extremistas estão tentando assumir o movimento dos agricultores, talvez sob a influência de agentes russos. A situação atual dos agricultores poloneses é resultado da agressão de Vladimir Putin contra a Ucrânia e da perturbação da economia global. A promoção pública de um sistema totalitário pode ser punida com até três anos de prisão de acordo com a lei polonesa. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.