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23/Feb/2024

G20: Brasil defende reforma da governança global

Em seu balanço final sobre a reunião de chanceleres do G20 e países convidados, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, voltou a defender uma reforma ampla da governança global. A grande maioria das lideranças do grupo concorda com as mudanças, que abarcariam a Organização das Nações Unidas (ONU), o que passa pela composição do Conselho de Segurança, e outros mecanismos multilaterais, como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI). Na reunião desta quinta-feira (22/02), as 45 delegações presentes discutiram as mudanças dos organismos de cooperação globais, tema que o chanceler brasileiro definiu como urgente e prioritário para o Brasil. Todos os países concordaram quanto ao fato de que as principais instituições multilaterais, como ONU, Organização Mundial do Comércio (OMC), Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional (FMI), entre outras, precisam de reformas para se adaptarem ao desafio do mundo atual. Quanto à ONU, houve consenso sobre a "essencialidade" da organização para a paz e a segurança e para a promoção do desenvolvimento sustentável.

Todos mencionaram a necessidade de se conferir impulso às discussões sobre a reforma da ONU, em especial do seu Conselho de Segurança, com a inclusão de novos membros permanentes e não permanentes, sobretudo de América Latina e África. As propostas nesse sentido precisam ser efetivamente debatidas e o Brasil pretende impulsionar esse processo. Sobre os bancos multilaterais de desenvolvimento e o FMI, também teria havido grande convergência sobre a necessidade de facilitar o acesso a financiamento de países pobres, assim como aumentar a representatividade do mundo em desenvolvimento em sua governança. Na prática, Vieira e a maior parte de seus pares defendem que esses organismos se voltem mais aos países pobres, tanto com relação a desembolsos quanto a poder de decisão interno. Por fim, o ministro também mencionou a OMC e a urgência do restabelecimento do seu sistema de solução de controvérsias. Os chanceleres do G20 voltarão a se reunir em setembro, em paralelo à Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, para aprofundar o debate iniciado pelo grupo no evento.

No primeiro dia, quarta-feira (21/02), foi discutido o papel do grupo em relação às tensões e conflitos em curso no mundo atualmente. No segundo dia, nesta quinta-feira (22/02), os representantes debateram a necessidade de uma reforma na governança global. Não interessa ao Brasil viver em um mundo fraturado, declarou o ministro Mauro Vieira. O ministro brasileiro explicou que, dentro dos encontros do G20, normalmente há apenas uma reunião anual de chanceleres, mas a atual presidência brasileira do grupo sugeriu a realização de uma segunda reunião, aberta à participação de representantes de todos os países integrantes da ONU, para ampliar o debate sobre os temas discutidos no Rio de Janeiro. O chanceler brasileiro acrescentou que a proposta de voltar a reunir o grupo de ministros à margem da Assembleia Geral da ONU, foi "muito bem recebida" pelo fórum das 20 maiores economias do mundo. Vai ser uma reunião com participação dos membros do G20, mas aberta a todos os membros da ONU que queiram se pronunciar para que haja um amplo debate sobre os temas que foram o centro das reuniões deste mês. Será a primeira vez que o G20 se reunirá dentro da sede da ONU em sessão aberta para todos os membros da organização, para promover um chamado à ação em favor da reforma da governança global. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.