28/Feb/2024
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) subiu 0,78% em fevereiro, após ter avançado 0,31% em janeiro. Com o resultado, o IPCA-15 registrou um aumento de 1,09% no acumulado do ano. Em 12 meses, a alta foi de 4,49%, ante taxa de 4,47% até janeiro. Os preços de Alimentação e bebidas aumentaram 0,97% em fevereiro, após alta de 1,53% em janeiro. O grupo deu uma contribuição positiva de 0,21% para o IPCA-15. Entre os componentes do grupo, a alimentação no domicílio teve alta de 1,16% em fevereiro, após ter avançado 2,04% no mês anterior. A alimentação fora do domicílio subiu 0,48%, ante alta de 0,24% em janeiro. Os preços dos alimentos para consumo no domicílio voltaram a ficar mais caros em fevereiro. As altas alcançaram dois dígitos em itens como cenoura e batata-inglesa.
O ritmo de avanços no grupo Alimentação e bebidas, porém, desacelerou: de uma alta de 1,53% em janeiro para elevação de 0,97% em fevereiro, resultando numa contribuição de 0,20% para a taxa registrada pelo IPCA-15 deste mês. O custo da alimentação no domicílio subiu 1,16% em fevereiro. As famílias pagaram mais pela cenoura (36,21%), batata-inglesa (22,58%), feijão-carioca (7,21%), arroz (5,85%) e frutas (2,24%). A alimentação fora do domicílio aumentou 0,48% em fevereiro. A refeição fora de casa subiu 0,35%, e o lanche aumentou 0,79%. Os preços de Transportes subiram 0,15% em fevereiro, após queda de 1,13% em janeiro. O grupo deu uma contribuição positiva de 0,03% para o IPCA-15. Os preços de combustíveis tiveram alta de 0,77% em fevereiro, após recuo de 0,63% no mês anterior.
A gasolina subiu 0,84%, após ter registrado queda de 0,43% em janeiro, enquanto o etanol avançou 0,32% nesta leitura, após queda de 2,23% na última. Os reajustes sazonais de mensalidades escolares fizeram os gastos das famílias brasileiras com Educação passarem de uma elevação de 0,39% em janeiro para uma alta de 5,07% em fevereiro, uma contribuição positiva de 0,30% para o IPCA-15 deste mês. O movimento foi impulsionado pelo aumento de 6,13% nos cursos regulares, devido aos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo. Os maiores avanços ocorreram nos subitens ensino médio (8,58%), ensino fundamental (8,23%), pré-escola (8,14%) e creche (5,91%). Houve elevação também nos gastos com curso técnico (6,01%), ensino superior (3,74%) e pós-graduação (2,81%). Os reajustes nas mensalidades do ensino fundamental (impacto de 0,13%) e de ensino superior (0,06%) lideram o ranking de pressões individuais sobre a inflação apurada pelo IPCA-15 em fevereiro.
Os gastos das famílias brasileiras com Habitação passaram de uma elevação de 0,33% em janeiro para aumento de 0,14% em fevereiro, uma contribuição positiva de 0,02% para o IPCA-15 deste mês. A energia elétrica residencial ajudou a arrefecer o resultado do grupo, ao recuar 0,40% em fevereiro. O item deteve o IPCA-15 do mês em -0,02%, segundo maior impacto individual negativo, atrás apenas da contribuição de passagem aérea (-10,65% e -0,10%). O gás encanado recuou 0,90% em fevereiro. A taxa de água e esgoto subiu 0,27% em fevereiro. Os gastos das famílias brasileiras com Saúde e cuidados pessoais passaram de uma elevação de 0,56% em janeiro para uma alta de 0,76% em fevereiro, uma contribuição positiva de 0,10% para o IPCA-15 deste mês. O movimento foi impulsionado pelos aumentos no plano de saúde (0,77%), produtos farmacêuticos (0,61%) e itens de higiene pessoal (0,70%). Houve destaque para as altas de preços de produto para pele (1,67%) e perfume (1,34%).
Os gastos das famílias brasileiras com Comunicação passaram de uma redução de 0,03% em janeiro para uma alta de 1,67% em fevereiro, uma contribuição positiva de 0,08% para o IPCA-15 deste mês. A aceleração foi impulsionada pelos aumentos nas cobranças de tv por assinatura (4,02%) e do combo de telefonia, internet e tv por assinatura (3,29%). A queda de 10,65% no preço das passagens aéreas em fevereiro resultou na maior contribuição individual para deter uma inflação mais acentuada no mês. O subitem impactou em -0,10% para a variação do IPCA-15. O grupo Transportes passou de uma redução de 1,13% em janeiro para um aumento de 0,15% em fevereiro, uma contribuição de 0,03% para o IPCA-15. Houve aumento de 0,77% nos combustíveis, devido a altas de preços no gás veicular (3,83%), gasolina (0,84%) e etanol (0,32%). Já o óleo diesel recuou 0,32%. O subitem táxi subiu 0,98%. O ônibus urbano aumentou 2,14% em fevereiro.
Em São Paulo, houve reajuste de 13,64% nas tarifas de trem (6,84%) e metrô (6,84%) a partir de 1º de janeiro. Por conta dos reajustes mencionados, a integração transporte público subiu 6,90% nessa área. Por outro lado, no Rio de Janeiro, houve redução de 4,05% nas tarifas de trem a partir de 2 de fevereiro. Oito dos nove grupos de produtos e serviços que integram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registraram altas de preços em fevereiro. Houve recuo apenas em Vestuário (-0,39%, impacto de -0,02%). Os grupos com aumentos foram Alimentação e bebidas (0,97%, impacto de 0,20%), Transportes (0,15% e impacto de 0,03%), Habitação (0,14%, impacto de 0,02%), Educação (5,07%, impacto de 0,30%), Artigos de residência (0,45%, impacto de 0,02%) Despesas pessoais (0,46%, impacto de 0,05%), Saúde e cuidados pessoais (0,76%, impacto de 0,10%) e Comunicação (1,67%, impacto de 0,08%). O resultado geral do IPCA-15 em fevereiro foi decorrente de altas de preços em todas as 11 regiões pesquisadas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.