06/Mar/2024
O fenômeno climático La Niña tem 75% de chances de estar ativo já durante a safra 2024/2025, que começa a partir de julho no Brasil. É o que apontam os dados da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA), principal referência internacional de monitoramento dos fenômenos climáticos. Neste início de março, o planeta continua sob efeitos do El Niño, que teve alta intensidade em 2023, mas caminha para a neutralidade entre abril e junho. O cenário deve mudar rapidamente nos próximos meses. Entre julho e agosto, pode haver o início do La Niña, o que traz impactos extremamente importantes para o agronegócio brasileiro, afirma a FieldPRO.
Com isso, o inverno deste ano já deve ter interferência do fenômeno. O El Niño atual foi precedido por três anos consecutivos de La Niña, que provocaram secas históricas em lavouras de milho e soja na Região Sul. A chegada do novo fenômeno acende o alerta para novas possíveis estiagens. Em primeiro lugar, chuvas irregulares. Até mesmo uma estiagem na Região Sul pode marcar a próxima safra. Na Região Centro-Oeste, principalmente em Mato Grosso, o início das chuvas deve se atrasar, mas isso não significa uma ausência de chuva, e sim que o período úmido deve começar mais tarde. Isso pode prejudicar o início da safra de grãos.
Na região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), os modelos apontam chuva abundante para o período de La Niña. Depois de uma seca histórica em 2023, as chuvas regulares tendem a voltar à metade norte do Brasil. O fenômeno La Niña se caracteriza pela queda de mais de 0,5 °C na temperatura da porção equatorial do Oceano Pacífico. Quando está ativo, costuma chover menos na Região Sul do Brasil, causando estiagem em muitos casos, e mais nas Regiões Norte e Nordeste do País. Nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste, não há uma correlação tão clara, mas aumentam as chances haver períodos frios e chuvosos. Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.