01/Apr/2024
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nota em defesa da conclusão do acordo entre o Mercosul e a União Europeia por entender que a proposta traz compromissos modernos para a agenda de comércio e o desenvolvimento sustentável. A nota vem na esteira da declaração do presidente da França, Emmanuel Macron, que afirmou que o acordo é péssimo e não pode ser defendido, durante o Fórum Econômico Brasil-França, realizado na Fiesp no dia 27 de março. A entidade considera que o acordo é uma contribuição fundamental para as agendas de clima, sustentabilidade e comércio. O texto, concluído tecnicamente em 2019 e que está sendo aprimorado atualmente nas rodadas de negociações iniciadas em 2023, estabelece um acordo associativo com benefícios equilibrados e concretos aos dois blocos.
Macron argumentou que o acordo é péssimo porque foi negociado há 20 anos, mas considerou que é possível reconstruí-lo. A CNI pontua que um recomeço implica em mais tempo despendido e novos ciclos de ajuste, sucessivamente. A avaliação é de que o acordo, tratando de comércio e desenvolvimento sustentável, já atende a altos padrões e é compatível com outros acordos comerciais modernos. A indústria vê este acordo como um marco institucional moderno e responsável para conduzir as relações econômico- comerciais no século XXI, levando em consideração a importância das questões ambientais e sociais junto aos objetivos econômicos. A CNI ainda argumenta que o acordo Mercosul-UE tem passado por evoluções constantes, o que mostra adaptação e respostas às atuais preocupações.
Um exemplo seriam as rodadas de negociações desde 2023, que reforçam o compromisso de ambos os blocos de alinhar o texto a valores e expectativas contemporâneos, ao buscar um acordo em conformidade com os objetivos globais de desenvolvimento sustentável e justiça social. A entidade cita alguns compromissos que comprovam essa atualidade do documento, como a promoção de bens sustentáveis, incluindo as cadeias de energias renováveis, e compromissos para o empoderamento feminino, além da preocupação com sustentabilidade e previsões a respeito de requisitos de importação exigidos em medidas domésticas relacionadas ao clima. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.