03/Apr/2024

A Casa Branca descreveu como "franca e construtiva" a conversa que os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da China, Xi Jinping, tiveram por telefone nesta terça-feira (02/04). Os dois líderes discutiram uma série de temas, entre eles os riscos associados à inteligência artificial, mudanças climáticas e os contatos bilaterais entre militares. Biden enfatizou a importância de se manter a paz e a estabilidade no estreito de Taiwan, além do Estado de Direito e da liberdade de navegação no Mar do Sul da China. O democrata ainda expressou preocupação quanto ao apoio chinês ao sistema de defesa industrial da Rússia e pediu compromisso com o fim do programa nuclear na Península da Coreia. Biden criticou práticas comerciais e econômicas "injustas" da China e garantiu que tomará ações para impedir que tecnologias norte-americanas sejam usadas para minar a segurança nacional.

Biden e Xi Jinping concordaram em manter abertos canais de comunicação, inclusive com visitas dos secretários de Estado, Antony Blinken, e do Tesouro, Janet Yellen, à China. Por outro lado, o presidente Xi Jinping afirmou que se os Estados Unidos insistirem em suprimir o desenvolvimento de alta tecnologia da China e em privar o legítimo direito a seu desenvolvimento, o governo chinês não vai ficar de braços cruzados. Os chefes de Estado tiveram uma troca de opiniões franca e aprofundada sobre as relações sino-americanas e questões de interesse comum para ambos os lados. Xi enfatizou que, sendo dois grandes países, a China e os Estados Unidos não podem viver sem trocas ou negociações, muito menos com conflitos ou confrontos. Devem se respeitar mutuamente, coexistir pacificamente e cooperar para obter resultados vantajosos para ambas as partes.

Mas, o presidente chinês pontuou que os Estados Unidos lançaram uma série interminável de medidas para suprimir a economia, o comércio, a ciência e a tecnologia da China, com uma lista de sanções contra as empresas chinesas cada vez mais longa. Na conversa, Xi enfatizou ainda que a questão de Taiwan é a primeira linha vermelha intransponível nas relações sino-americanas. A China espera que os EUA implementem uma declaração positiva do presidente em não apoiar a independência de Taiwan. Biden teria reiterado que os Estados Unidos não procuram se envolver em uma "nova Guerra Fria", não procuram mudar o sistema da China e nem fortalecer alianças contra o país asiático. Biden afirmou que os Estados Unidos não apoiam a independência de Taiwan e não têm intenção de entrar em conflito com a China. Os Estados Unidos seguem a política de “Uma Só China". Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.