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04/Apr/2024

Mercado de Carbono: Aperam realizou negociação

A Aperam BioEnergia, produtora de carvão vegetal e braço do grupo siderúrgico Aperam, concluiu a venda de 15 mil toneladas de remoção de carbono por meio do mercado voluntário internacional de créditos de carbono. As 15 mil toneladas de retirada de carbono foram comercializadas em duas transações. A primeira, em janeiro, envolveu 8,5 mil toneladas, e a mais recente, em março, com a venda de 6,5 mil toneladas. A operação foi realizada por meio de uma parceria com a plataforma Patch, que reúne compradores e vendedores presentes no mercado voluntário de créditos de carbono.

Os certificados foram originados por meio da comercialização do "biochar", uma biomassa semelhante ao carvão, produzida durante o aquecimento de resíduos agrícolas ou florestais orgânicos sem oxigênio, capaz de armazenar carbono da atmosfera por centenas ou até milhares de anos. O produto é comumente utilizado no agronegócio para promover a fixação do carbono, além de impulsionar a melhoria da qualidade do solo. Contudo, por conta da propriedade de remoção de CO2, o insumo pode ser negociado em forma de crédito de carbono, sendo vendido para empresas de qualquer setor que tenham interesse em reduzir o nível de emissões.

No caso da Aperam BioEnergia, ela aplica o biochar no solo de suas florestas de eucalipto localizadas no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, e vende os certificados de retirada de carbono da atmosfera no mercado voluntário de créditos de carbono. Para este ano, a meta da Aperam BioEnergia é vender a retirada de pelo menos 35 mil toneladas de CO2, 20% a mais que o comercializado em 2023. Na América Latina, a empresa foi a primeira a negociar a remoção de créditos de carbono (conhecidos pela sigla CORCs).

Em 2023, a empresa forneceu também a retirada de 5 mil toneladas de CO2 para a Nasdaq, que é sócia e controladora da plataforma Puro.earth, primeira do mundo especializada em certificação e comercialização de créditos de remoção de carbono. O grande crescimento registrado nesses dois primeiros anos mostra o potencial desse mercado, que ainda está sendo descoberto no Brasil. Empresas que produzem biochar podem obter certificados de remoção de CO2e (dióxido de carbono equivalente) para serem vendidos no mercado voluntário de carbono após a realização de uma auditoria independente. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.