09/Apr/2024
O dólar fechou esta segunda-feira (08/04) em baixa ante o Real, mas pela sétima sessão consecutiva acima dos R$ 5,00, em um dia marcado por ajustes de preços após as altas recentes no Brasil e pelo recuo da moeda norte-americana no exterior, em meio ao avanço do minério de ferro no mercado internacional. O dólar fechou a R$ 5,03, em baixa de 0,65%. Em abril, a divisa acumula alta de 0,33%. No início da sessão, o dólar chegou a oscilar em leve alta, marcando a máxima de R$ 5,07 (+0,21%), mas rapidamente a divisa migrou para o território negativo, em sintonia com a baixa da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior. Segundo a Remessa Online, o Brasil acompanhou o exterior. O índice DXY (dólar index) está caindo numa espécie de correção, e houve uma desvalorização forte do Real na semana passada após o ´payroll´ (relatório de empregos dos Estados Unidos) e falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
Além da correção de preços, as cotações foram influenciadas pela alta do minério de ferro (importante produto de exportação brasileiro), pontuou a FB Capital. O contrato de setembro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com alta de 3,19%, a 791,5 iuanes (US$ 109,42) por tonelada, o maior valor desde 26 de março. O dólar perdeu força no Brasil alinhado com o movimento da moeda ante pares do Real, como o peso mexicano e o peso chileno. Além disso, o movimento está alinhado com bolsa brasileira ganhando tração graças à entrada de estrangeiros, que naturalmente aumentam a oferta de dólar e derrubam a cotação. Neste cenário, o dólar atingiu a cotação mínima de R$ 5,02 (-0,78%). O dólar está caindo agora, mas no geral, no médio prazo, a força do dólar deve prevalecer. A expectativa de adiamento do início do processo de corte de juros pelo Federal Reserve é um fator que joga a favor do dólar e contra o Real.
Neste momento, é natural que a moeda orbite os R$ 5,00. O que em semanas anteriores era teto (nível de R$ 5,00) agora é piso ou mesmo meio de banda para o dólar. No exterior, o dólar também se mantinha em baixa ante uma cesta de moedas fortes. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, caía 0,21%, a 104,140. O Banco Central vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados para rolagem dos vencimentos de junho. Sem efeitos maiores sobre as cotações, notícias informam que o governo deve afrouxar a meta fiscal para 2025, de superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para superávit de 0,25% ou resultado primário zero. O que poderia ser visto como algo ruim (a adoção de uma meta fiscal menor) foi interpretado como positivo por parte do mercado, que possui hoje projeções até piores para o resultado primário em 2025. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.