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11/Apr/2024

China: agência de avaliação de risco rebaixa rating

A Fitch revisou a perspectiva para o rating de inadimplência de emissor (IDR) da China de estável para negativa, mas o reafirmou em 'A+'. Segundo a agência de avaliação de risco de crédito, a mudança de perspectiva ocorre devido aos riscos crescentes das finanças do país, à medida que a incerteza sobre atividade econômica da China ocorre em paralelo a uma transição do modelo de crescimento dependente do setor imobiliário para um considerado mais sustentável. Os amplos déficits fiscais e o aumento da dívida pública nos últimos anos corroeram as reservas do ponto de vista das classificações. É cada vez mais provável que a política fiscal desempenhe um papel importante no apoio ao crescimento nos próximos anos, o que poderá manter a dívida numa tendência ascendente constante.

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China irá desacelerar para 4,5% em 2024, devido à fraqueza persistente do setor imobiliário e ao consumo contido das famílias. No ano passado, o PIB chinês teve expansão de 5,2%. O déficit fiscal da China deste ano será o mais alto desde 2020, quando atingiu 8,6% do PIB. Os déficits chineses têm sido elevados desde 2020, representando aproximadamente o dobro da média de 3,1% do PIB observada no período de 2015 a 2019. Para a ING, o rebaixamento pela Fitch da perspectiva do rating A+ da China, de "estável" para "negativa", não deve surpreender os mercados, mas joga luz sobre as preocupações crescentes com a sustentabilidade da dívida chinesa. O governo chinês estaria enfrentando um dilema fiscal entre a necessidade de buscar consolidação no longo prazo e a de continuar estimulando a economia no curto prazo.

Os esforços em prol da consolidação podem precisar assumir o segundo plano frente aos temores relacionados à estabilização econômica. A perspectiva para a dívida pode ficar pior antes de melhorar. O ING argumentou que falhar em restaurar o crescimento e a confiança pode ter um impacto igualmente ruim na sustentabilidade da dívida, ao enfraquecer o lado do Produto Interno Bruto (PIB) na equação dívida em relação ao PIB. No entanto, é importante que os gastos fiscais daqui para a frente sejam dirigidos a áreas produtivas de crescimento para o futuro. Uma porção desse investimento deveria ser focada em indústrias estratégicas voltadas para o desenvolvimento de economia verde e economia digital. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.