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12/Apr/2024

Safra de Grãos 2023/2024: 7ª previsão da Conab

De acordo com o 7º levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) sobre a safra de grãos, divulgado nesta quinta-feira (11/04), a produção brasileira de grãos na safra 2023/2024 deverá atingir um total de 294,07 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 8%, ou 25,7 milhões de toneladas, em comparação com a temporada anterior 2022/2023 (310,13 milhões de toneladas). O resultado é 0,5%, ou 1,52 milhão de toneladas menor ante a previsão anterior, de março. Comparativamente à previsão anterior, as maiores quedas foram observadas no milho (1,79 milhão de toneladas) e na soja (336,7 mil toneladas). Em compensação, arroz, algodão, gergelim, sorgo, e, principalmente, feijão apresentam perspectivas de aumento de produção em relação ao levantamento de março. Com uma área estável, estimada em 78,53 milhões de hectares, a quebra de safra se deve, sobretudo, à atuação da forte intensidade do fenômeno El Niño, que em 2023 teve influência negativa desde o início do plantio até as fases de desenvolvimento das lavouras nas regiões produtoras do País.

O clima adverso causou impacto na produtividade média, que saiu de 4.072 quilos por hectare na safra 2022/2023 para 3.744 Kg por hectare na atual temporada 2023/2024. Com a entrada da fase final da colheita das culturas da safra de verão (1ª safra 2023/2024), as atenções se voltam ao desenvolvimento das lavouras de 2ª e 3ª safra de 2024, bem como às culturas de inverno. O comportamento climático continua como fator preponderante para o resultado final do atual ciclo. Com os trabalhos de colheita avançados nos principais Estados produtores, atingindo em torno de 76,4% da área cultivada no País, a estimativa de produção de soja é de 146,52 milhões de toneladas, redução de 5,2% sobre a safra anterior (154,61 milhões de toneladas). A queda deve-se às baixas precipitações e às temperaturas acima do normal nas principais regiões produtoras do Centro-Oeste e Sudeste, ocasionando atraso do plantio e perdas na produtividade. Principal cultura cultivada na 2ª safra, o milho tem produção total estimada em 110,96 milhões de toneladas, diminuição de 15,9% ante 2022/2023 (131,89 milhões de toneladas).

De acordo com o Progresso de Safra, publicado pela Conab nesta semana, os trabalhos de colheita da safra de verão (1ª safra 2023/2024) do cereal, quando é esperada uma produção de 23,36 milhões de toneladas (queda de 14,7% ante a anterior, de 27,37 milhões de toneladas), atingem 51% da área cultivada. A semeadura da 2ª safra de 2024 está praticamente finalizada. Em Mato Grosso, a maioria das lavouras apresenta bom desenvolvimento, assim como em Goiás e Minas Gerais. Porém, em Mato Grosso do Sul e no Paraná, a redução das precipitações em março provocou sintomas de estresse hídrico em diversas áreas, comprometendo o seu potencial produtivo. Nas demais regiões produtoras, as lavouras apresentam bom desenvolvimento, apesar do atraso no plantio. A estimativa para a 2ª safra de milho de 2024 está em 85,62 milhões de toneladas (menos 16,4% ante 2022/2023, que foi de 102,37 milhões de toneladas). No caso do feijão, que tem 3 ciclos de cultivo dentro de cada temporada, a expectativa é que a 2ª safra tenha um acréscimo de 18,4% na produção, com uma colheita estimada em 1,5 milhão de toneladas (8,4%), para 1,51 milhão de toneladas.

Esse bom desempenho contribui para o abastecimento interno de um importante produto consumido pelos brasileiros, uma vez que a atual estimativa para a leguminosa é de uma produção total de 3,21 milhões de toneladas, ou mais 5,8% ante 2022/2023, que foi de 3,04 milhões de toneladas. Também é verificado um cenário de recuperação para o arroz. Com a área de plantio estimada em 1,5 milhão de hectares, 4,4% superior à da safra anterior, estima-se uma produção em 10,57 milhões de toneladas, 5,3% acima da obtida no ciclo anterior (10,03 milhões de toneladas). A área cultivada de algodão também registra crescimento, passando de 1,7 milhão de hectares para 1,9 milhão de hectares, justificado principalmente pelas boas perspectivas de mercado. As condições climáticas continuam favorecendo as lavouras e a previsão é que sejam colhidas cerca de 3,60 milhões de toneladas de pluma, alta de 13,4% (4,53 milhões de toneladas em 2022/2023). Para o trigo, a estimativa atual indica uma produção de 9,73 milhões de toneladas, expressivo aumento de 20,2% em comparação com o ano passado (8,10 milhões de toneladas). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.