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19/Apr/2024

Empresas: recuperação do crédito cresce em 2023

Segundo a média anual do Indicador de Recuperação de Crédito da Serasa Experian, as empresas brasileiras terminaram 2023 regularizando ou renegociando 55,2% das contas atrasadas em até 60 dias. Esta foi a percentagem de regularizações mais alta desde o início da série histórica do levantamento, em 2018, e indica o início da trajetória de estabilização e consecutiva queda da inadimplência. Aumentar o percentual de regularização de dívidas é o primeiro passo para que haja estabilização da inadimplência e, em um segundo momento, ter queda da inadimplência. A recuperação de crédito das empresas foi puxada pelo setor de Bancos/Cartões, que fechou 2023 com 63,4% das dívidas regularizadas. Essa tendência reflete um comportamento típico da inadimplência: quem tenta regularizar as contas vai primeiro nas instituições financeiras, a fim de recuperar crédito, e depois tentam regularizar com outros fornecedores.

O pagamento de dívidas aumentou no segundo semestre de 2023, na esteira da redução da queda da taxa Selic, tida como uma das principais variáveis para acelerar o processo de renegociações e recuo da inadimplência. Outra variável é a inadimplência do consumidor. Isso porque quando há uma dívida, do outro lado do balcão existe uma PJ que não recebeu do consumidor. Com o consumidor ficando menos inadimplente, à medida que o salário real vem crescendo, há uma regularização de dívidas e isso ajuda na retomada de caixa pelas empresas. Os débitos com valor acima de R$ 10 mil foram os mais quitados (81,1%), seguidos por aquelas entre R$ 2 mil e R$ 10 mil (48,6%). Em relação à idade da dívida, débitos com mais de um ano foram os priorizados no período (64,9%). Em seguida ficaram as contas com 1 ano (58,9%), 30 dias (54,6%), 180 (52,3%), 60 (51,9%) e 90 dias (48,4%).

Na análise por regiões, o acumulado anual de 2023 mostrou que a Região Nordeste, assim como em 2022, encerrou o ano com o maior porcentual de quitações (63,5%). Logo atrás vem as Regiões Sul (57,8%), Norte (55,9%), Centro-Oeste (53,3%) e Sudeste (51,2%). No ranking das Unidades Federativas (UFs), o Piauí mostrou o melhor desempenho de todo o País (75,6%). Em 2022, a Região Nordeste também foi a que mais regularizou ou renegociou dívidas, em um momento em que teve vários pacotes fiscais (como o Pronampe), que beneficiou principalmente as micro e pequenas empresas, as quais estão localizadas principalmente nas Região Norte e Nordeste. Cerca de 93% das companhias no Brasil são do segmento de pequenas e médias empresas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.