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29/Apr/2024

Dólar encerrou semana passada acumulando perdas

O dólar fechou em forte queda frente ao Real na sexta-feira (26/04), interrompendo uma série de ganhos semanais, conforme dados de inflação norte-americanos em linha com o esperado derrubaram os rendimentos dos Treasuries. A moeda norte-americana fechou em baixa de 0,94%, a R$ 5,11, marcando a desvalorização diária mais intensa em uma semana e o patamar de encerramento mais baixo desde 11 de abril (R$ 5,09). Frente ao encerramento da última sexta-feira (19/04), o dólar caiu 1,58%, interrompendo sequência de quatro fortes ganhos semanais consecutivos, período em que havia disparado cerca de 4%. Após movimentos exacerbados da taxa de câmbio, é normal haver eventuais ajustes no sentido oposto, conforme investidores realizam lucros. A baixa da divisa norte-americana veio em linha com recuo nas taxas dos títulos dos Estados Unidos, depois que dados mostraram que a inflação no país aumentou moderadamente em março, ficando em linha com as expectativas do mercado.

O índice PCE de preços, favorito do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) para monitorar a inflação, subiu 0,3% no mês passado, informou o Departamento de Comércio dos Estados Unidos. Os dados de fevereiro não foram revisados e mostram um aumento de 0,3% do PCE. Nos 12 meses até março, a inflação aumentou 2,7%, depois de avançar 2,5% em fevereiro. Economistas previam que o índice subiria 0,3% no mês e 2,6% na base anual. Segundo o Bank of America, a inflação do PCE em março foi forte, mas não tão ruim quanto se temia após a grande surpresa positiva nos dados trimestrais. Na véspera, dados mais fortes do que o esperado da inflação medida pelo PCE no primeiro trimestre levaram muitos participantes do mercado a adiar as apostas sobre o momento do primeiro afrouxamento do Fed para novembro ou até dezembro. Mas, com o alívio de sexta-feira (26/04), operadores de futuros atrelados ao juro básico do Fed estão precificando novamente uma primeira redução em setembro, segundo dados do LSEG.

Essa precificação, no entanto, segue muito mais conservadora do que a previsão predominante no final do ano passado de que o Fed começaria a afrouxar a política monetária já em março. Na realidade, a leitura do PCE deve apenas confirmar a recalibragem das expectativas que ocorreram em abril e agora apostam que o início do ciclo de cortes de juros só irá acontecer no final do ano e provavelmente será mais tímido. Eles não contribuem para gerar a confiança extra de que a inflação está de fato convergindo de forma sustentável para a meta de 2%. Juros mais altos nos Estados Unidos jogam a favor do dólar, já que tornam os rendimentos norte-americanos mais atraentes para investidores estrangeiros. No Brasil, dados mostraram que o IPCA-15 subiu menos do que o esperado em abril, com uma queda nos custos de transportes compensando o peso dos preços de alimentos, levando a taxa em 12 meses a ficar abaixo de 4%. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.