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30/Apr/2024

Movimento anti-ESG: visão equivocada do conceito

O movimento "anti-ESG", que ganhou força em algumas partes do mundo no ano passado, especialmente nos Estados Unidos, está criticando uma visão errada do que o ESG significa para as empresas. Se o conceito utilizado fosse o correto, a crítica não faria sentido. A avaliação é de Aron Belinky, conselheiro da Aliança pelo Impacto e fundador da ABC Associados. Essa crítica enorme que está surgindo no movimento anti-ESG, essencialmente, é um movimento anti uma visão equivocada do que é ESG. Porque o ESG visto com a perspectiva original do conceito, que é de um olhar mais ampliado sobre risco e retorno e uma gestão de riscos mais refinada, é totalmente compatível com uma visão mais liberal e voltada especificamente ao interesse específico do negócio.

Quando se começa a confundir ESG (que é a sigla para as práticas voltadas a preocupações ambientais, sociais e de governança) com sustentabilidade, responsabilidade social das empresas ou até investimento de impacto, isso atrapalha a ideia de ESG. É preciso se apegar à ideia original, onde o ESG pode ser uma ferramenta útil, e não um conceito distorcido. A necessidade de esclarecer conceitos, inclusive, motivou a ABC Associados a elaborar um estudo para a Aliança pelos Investimentos e Negócios de Impacto. A falta de clareza de conceitos gera confusão e atrapalha a prática, faz com que não se aproveite as oportunidades que existem e gaste mais energia para fazer avanços. De acordo com o estudo, um investimento com integração ESG incorpora os fatores ambientais, sociais e de governança na tomada de decisão como fatores de risco ou oportunidades.

Ou seja, é a lógica de um investimento tradicional, mas com uma análise mais ampla. Já um investimento de impacto tem como objetivo gerar tanto lucro quanto impactos socioambientais, e que permita a medição desses resultados. Nesse caso, a intenção de gerar impacto positivo é uma das razões de existir do investimento. E esses dois tipos de investimento estão dentro de uma gradação, que começa no investimento financeiro tradicional, passa pelo investimento sustentável e responsável, onde entra a integração ESG, vai para o investimento de impacto e termina na filantropia. Nesta última, a única expectativa de retorno é social e/ou ambiental, ou impacto positivo, não financeiro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.