14/May/2024
Segundo o Santander Brasil, os efeitos do desastre climático no Rio Grande do Sul devem subtrair 0,3% do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2024 e somar 0,1% à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano. A estimativa mais recente do Santander Brasil para o crescimento do PIB deste ano é de 1,8%, sem levar em consideração o impacto das enchentes no Rio Grande do Sul. A previsão para o IPCA, também sem a influência vinda das enchentes, é de alta de 3,3%.
Com os impactos, os números iriam a 1,5% e a 3,4%, respectivamente. A maior parte das perdas de longo prazo está concentrada na indústria, com estimativa de queda potencial para a produção industrial do Estado entre 10% e 20%. Em relação à inflação, destaca, os efeitos devem ser sentidos na oferta menor de alimentos in natura, proteínas e grãos. A coleta de preços no atacado já começou a mostrar aumento nos in natura e no arroz. As enchentes do Rio Grande do Sul também devem impactar a dinâmica fiscal.
O pacote de medidas para o Estado, de R$ 50,9 bilhões anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve ter um impacto de R$ 7,6 bilhões no resultado primário e um possível impacto entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões no resultado primário do governo central. O Santander pondera, porém, que ainda há incertezas sobre a magnitude dos efeitos das enchentes no fiscal. Provavelmente haverá novas medidas à frente. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.