29/May/2024

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que a Medida Provisória que deve ser publicada em breve com ajuda a grandes empresas afetadas pelas enchentes do Rio Grande do Sul incluirá o agronegócio. A MP deve englobar R$ 15 bilhões em linhas de crédito especiais às grandes empresas. Os setores da indústria, comércio e agricultura estarão contemplados na MP. Ela já vai atender à reconstrução. A indústria de proteína animal do Rio Grande do Sul quer linhas especiais de crédito para recuperação e retomada do setor no Estado, segmento atingido pelas fortes enchentes deste mês.

A reivindicação da indústria é por linhas especiais de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para limpeza, retomada e reconstrução de plantas, com juros baixos e prazo de pagamento longo, segundo os interlocutores. Além disso, a indústria de carnes também solicita ao governo alongamento das dívidas já contratadas, em virtude do menor faturamento e giro neste momento emergencial.

Segundo o Tesouro Nacional, a linha de crédito que será criada para atender a grande indústria no Rio Grande do Sul vai funcionar sem necessidade de fundo garantidor, em modelo semelhante ao Fundo Clima, a partir de uma linha financeira. Vai ser principalmente para a grande indústria, a custo competitivo, mas que não demanda garantia. São grupos que conseguem dar conforto às instituições financeiras, por serem de maior porte. O governo federal vai apoiar a recuperação de fábricas e galpões. É uma linha baseada em superávit financeiro, recursos já disponíveis, vai funcionar como o Fundo do Clima, linha financeira que vai prover crédito barato a ser repassado via BNDES para grandes empresas atingidas.

Foi destacado o conjunto de medidas na área de crédito já publicado pelo governo para atender a outros setores afetados pelas enchentes, como os produtores rurais e pequenas e médias empresas. As medidas formam um leque que representa, só em crédito, mais de 10% do PIB do Rio Grande do Sul. É um estímulo importante que no segundo semestre vai fazer com que atividade econômica se recupere de forma importante, bem robusta. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.