29/May/2024
Na rodovia PR-151, no trajeto entre Ponta Grossa e Carambeí, no Paraná, encontram-se duas novas plantas de agroindústrias construídas por cooperativas agrícolas da região que, juntas, somam mais de R$ 3,4 bilhões em investimentos. A PR-151 é uma importante via de escoamento da produção agropecuária de pelo menos duas importantes regiões do Paraná: o Norte Pioneiro e os Campos Gerais. É onde está concentrada a maior parte dos associados nas áreas de influência das cooperativas nessas áreas. Pela rodovia, produtos in natura e industrializados chegam à BR-376 e, de lá, acessam a BR-277, rodovia que praticamente corta o estado do Paraná e que tem como destino o Porto de Paranaguá, no litoral do Estado.
No dia 6 de junho, um dos empreendimentos mais importantes do entorno da PR-151 inicia suas operações. É a Maltaria Campos Gerais, investimento conjunto das cooperativas Agrária, Castrolanda, Frísia, Bom Jesus, Capal e Coopagrícola. O aporte total previsto para a maltaria de R$ 3 bilhões. A estimativa é de que sejam produzidas na unidade 240 mil toneladas de malte por ano, aproximadamente 15% da demanda do mercado nacional. Segundo informações do grupo, na primeira etapa do projeto recebeu investimentos de R$ 1,6 bilhão. As cooperativas que estão no comando da indústria têm incentivado a produção de cevada na região de Ponta Grossa. Dados do Departamento de Economia Rural (Deral/Seab) apontam que a localidade será responsável por 48% da área plantada de cevada no Estado em 2024, com aproximadamente 35 mil hectares semeados.
Pela primeira vez, Ponta Grossa ultrapassou a área de Guarapuava, até então líder no cultivo do grão. Com a operação da maltaria, a expectativa é de que a região passe até 2025 a plantar cerca de 100 mil hectares de cevada por ano. No entanto, o trabalho para certificar a produção de cevada seguirá em curso. Além da área de florestamento, a fazenda está trabalhando na adequação de processos internos. Há uma série de requisitos para a aprovação. Na Queijaria Unium, marca originária da união das cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal, os investimentos giram em torno de R$ 450 milhões. A fábrica deve iniciar a produção ainda neste ano. A localização do empreendimento é estratégica, tendo em vista que a região é uma das principais bacias leiteiras do País.
Carambeí é a maior produtora de leite do Brasil, segundo o Top 100 2024 da Milkpoint, com 106,4 milhões de litros por ano, seguida por Castro, com 91,4 milhões de litros de leite por ano. A estimativa de produção da queijaria é de 96 toneladas de produtos e subprodutos por dia, incluindo queijos tipo muçarela, prato, cheddar e massa de queijo, além de soro em pó e manteiga. Os produtos serão comercializados na modalidade B2B, ou seja, para outras empresas. Com muito conhecimento e tecnologia, os produtores têm aumentado suas produções ano a ano. Segundo a Castrolanda, as cooperativas precisam estar à frente deste crescimento, se preparando para receber essa produção, por isso estão liderando este desafio de ampliar as indústrias com uma nova planta. Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.