11/Jun/2024
Segundo a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), as indenizações às perdas causadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul, já estimadas em R$ 1,6 bilhão, devem, rapidamente, mais do que dobrar. Pelo último levantamento da associação, apresentado há duas semanas, o total de sinistros reportados já passou de 23 mil. No entanto, este é um balanço preliminar. Ao longo das próximas semanas, este número deve crescer consideravelmente. O valor dessas indenizações pode mais do que dobrar. A CNseg, ao lembrar da tragédia climática no Rio Grande do Sul, voltou a defender o seguro social de catástrofes.
A proposta prevê indenização emergencial de R$ 15 mil por moradia destruída. Para o setor de seguros, a transformação climática já aconteceu. Só últimos quatro anos, foram duas secas e duas enchentes. É preciso olhar para o futuro e pressionar para a redução das emissões e do consumo energético. O Japão é um exemplo. O país tem um tsunami a cada 100 anos, mas se prepara todo ano para um evento que acontece a cada 100 anos. No Brasil, ocorrem enchentes todos os anos e não há preparação. Outro ponto destacado é o da resiliência, ou seja, a adaptação do País, como infraestrutura mais resistente, a eventos climáticos.
É preciso prevenir, cuidar das encostas, drenagem nas cidades e buscar mais resiliência, construir mais casas e edifícios resistentes. O brasileiro não tem cultura de fazer seguros a suas casas, o que explica por que as indenizações no Rio Grande do Sul são muito menores do que os prejuízos que a população teve com as chuvas. Mas, o setor de seguros precisa avançar muito ainda a questão de coberturas de infraestruturas. É necessário ter seguro de infraestrutura, ampliação de seguro residencial e empresarial. As empresas não contratam coberturas para esses eventos extremos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.