12/Jun/2024
De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (IPC-Fipe), o impacto das enchentes do Rio Grande do Sul sobre o preço de alguns alimentos foi o grande na primeira quadrissemana de junho. Nesta leitura, o IPC-Fipe acelerou a 0,25%, após encerrar maio em 0,09%. No período, o grupo Alimentação passou de 0,28% para 0,82%. Apenas este grupo respondeu por uma pressão de alta de 0,20% do total da elevação de 0,25% do índice.
Entre os itens de maior peso nesta leitura, e cuja alta tem relação com as enchentes do Rio Grande do Sul, destaque para o leite longa vida (que acelerou de 4,59% no final de maio para 8,29% agora) e a batata (20,73% para 28,93%). São variações fora do padrão, por conta das enchentes. Qualquer perturbação climática que afeta os in natura tende a puxar o grupo dos alimentos nos índices de inflação. A projeção, por ora, é de alta de 0,35% para o IPC-Fipe como um todo em junho e de 0,76% para o grupo dos alimentos.
Há, porém, risco dessas variações serem ainda maiores, a depender da continuidade dos impactos da situação do Rio Grande do Sul. Outro risco que entrou no radar para a inflação à frente é o movimento recente de desvalorização do Real perante o dólar. É cedo para cravar essa contaminação da desvalorização do Real, mas é algo que pode impactar alimentos industrializados e combustíveis, principalmente gasolina. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.