19/Jun/2024
O Bank of America (BofA) divulgou um relatório indicando que, embora o Brasil esteja com preços atrativos, há pouco interesse por parte dos investidores devido à incerteza macroeconômica do País. O cenário desafiador também afeta as ações do setor agro, com preocupações sobre os preços de grãos, açúcar e etanol. No entanto, algumas empresas como JBS e Ambev são vistas como mais atrativas no momento, enquanto outras como BRF estão mais neutras em termos de recomendação de investimento.
Além disso, uma pesquisa do BofA com gestores que investem na América Latina e administram US$ 65 bilhões, mostra aumento de pessimismo com ativos dos Brasil este mês. A queda foi de 19% do levantamento feito em maio para apenas 7% em junho o percentual desses profissionais que veem chance de Ibovespa terminar o ano acima de 140 mil pontos. Os gestores estão também mais pessimistas com a moeda brasileira. Já há um percentual, ainda pequeno, de cerca de 5% dos gestores, mas que não existia em maio, que veem o dólar podendo fechar o ano no intervalo entre R$ 5,71 e R$ 6,00.
Se em maio, a maioria das apostas era de dólar entre R$ 4,81 e R$ 5,10 ao final do ano, agora a visão predominante é que a moeda norte-americana encerre 2024 na casa dos R$ 5,11 a R$ 5,40. Para o Ibovespa, em junho apareceu um grupo de 10% de gestores, que não havia em maio, que prevê o principal índice de ações entre 95 mil e 110 mil pontos. Com relação aos juros, a maioria dos gestores vê a Selic terminal na casa dos 10% a 10,5%. A maioria espera uma pausa nos cortes e novas reduções vão depender dos próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
Para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 não houve muitas mudanças em relação à pesquisa de maio. A maioria dos gestores (60%) acredita em uma expansão de 1% a 2% este ano. Cerca de 30% deles estão mais otimistas e esperam avanço de 2% a 3%. Nos resultados de empresas, 43% acreditam que as expectativas de ganhos vão continuar estáveis. Ao mesmo tempo, caiu de 31% para 16% o porcentual que espera revisão para cima nas projeções. Fontes: AGFeed e Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.