19/Jun/2024
Segundo dados do MapBiomas Fogo, quase um quarto (23%) do território nacional queimou pelo menos uma vez nos últimos 39 anos. Os incêndios atingiram 199 milhões de hectares entre 1985 e 2023, e dois terços da área afetada foram de vegetação nativa. Só no ano passado, a área queimada no País foi de 16 milhões de hectares. Mato Grosso, Pará e Maranhão têm 46% das áreas queimadas. Corumbá (MS), no Pantanal, São Félix do Xingu (PA), na Amazônia, e Formosa do Rio Preto (BA), no Cerrado, foram os municípios mais atingidos.
A maior parte (65%) da área atingida pelo fogo queimou mais de uma vez. A queimada ainda é uma ferramenta muito presente na agropecuária, usada para renovar o capim em grande parte das pastagens e para converter florestas em áreas de cultivo e pasto. Mas, o fogo muitas vezes excede a área prevista e provoca incêndios florestais de grandes proporções, cenário que tem se tornado mais comum com as secas mais severas e as mudanças climáticas. Bioma mais desmatado em 2023, o Cerrado foi campeão em área queimada de forma recorrente no período.
Embora seja “acostumado” a queimadas naturais e controladas, a frequência e a intensidade com que elas vêm ocorrendo superam a capacidade de regeneração do ecossistema. De acordo com o MapBiomas, os números indicam que a expansão agropecuária e o uso indevido das queimadas estão alterando seu regime natural de fogo. Na Amazônia, ainda que a área afetada seja proporcionalmente menor, é preciso considerar que a floresta não é adaptada ao fogo, mas extremamente sensível a ele, o que resulta em uma grande perda de biodiversidade. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.