19/Jun/2024

Na reta final da preparação do Plano Safra 2024/2025, que começa oficialmente no mês que vem, os Ministérios da Fazenda, da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário intensificam as articulações para a definição dos números e linhas da política de crédito oficial. Pelo menos duas reuniões coordenadas pela Casa Civil devem tratar das fontes de recursos e do orçamento para subvenção. Uma delas ocorreu na segunda-feira (17/06) e outra nesta terça-feira (18/06). A decisão sobre as cifras tanto para a agricultura familiar quanto para a agricultura empresarial ainda não foi tomada. Todos os números passam pelo aval do presidente Lula, e isso ainda não ocorreu. O anúncio do Plano Safra para agricultura familiar está previsto para a próxima terça-feira (25/06). A política de crédito para agricultura empresarial deve ser apresentada na quarta-feira (26/06).

As demandas das Pastas para os financiamentos superam R$ 532 bilhões. O pedido do Ministério da Agricultura é por R$ 452,3 bilhões para crédito para médios e grandes produtores na safra 2024/2025, enquanto o pleito do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) é de R$ 80 bilhões para agricultura familiar e pequenos produtores. O Tesouro Nacional ainda calcula qual será o custo da equalização com a expectativa de manutenção na taxa básica de juros, a Selic, nesta semana pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. O Ministério da Fazenda apresentará o custo total estimado de valores para a subvenção do Plano Safra. Somente para a agricultura empresarial, calcula-se que seriam necessários R$ 10 bilhões para subvenção das taxas de juros.

Fontes não acreditam que esse valor será alcançado em sua totalidade, mas a queda dos juros de 13,75% ao ano para 10,5% ao ano em um ano ajuda a reforçar a cifra da subvenção. Após isso, o passo seguinte, segundo as fontes, será a apresentação dos números e linhas e pedido de aval para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que deve ocorrer nesta quarta-feira (19/06). As tratativas finais do Plano Safra ocorrem em meio à pressão por revisão de gastos do Executivo. Essa pressão pela revisão de todos os gastos pode contribuir na pressão do Tesouro por ampliação mais modesta da subvenção. No ano passado, o governo destinou R$ 13,6 bilhões para a equalização da safra, sendo R$ 5,1 bilhões para linhas voltadas a médios e grandes produtores e R$ 8,5 bilhões para agricultura familiar. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.